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Sinopse

Era uma vez uma cidade com uma canção e uma universidade

A Canção de Coimbra é um género musical amador, enraizado num folclore urbano (o da própria cidade), cantado por estudantes e antigos estudantes (filão académico) e pelo povo da cidade (filão popular), e que entronca na Música Tradicional de Coimbra.
Os estudantes estão nesta cidade desde tempos anteriores à criação da Universidade, pois antes do Estudo-Geral, Coimbra já era uma terra de estudantes. De facto, por volta de 1064, o Bispo Paterno criou, nesta cidade, uma Escola Episcopal destinada à formação dos clérigos, todavia, a boa qualidade do ensino leccionado levou a que essa Escola fosse também frequentada por não-religiosos e, assim, com uma escola aberta à população, acorreram a Coimbra, a partir do século XI-XII, alguns jovens, filhos de uma burguesia emergente e, particularmente, ligados à Nobreza. É óbvio que, onde quer que haja jovens, há-de haver quem cante, hão-de ter a sua expressão musical própria, sujeitando-se, também, às influências musicais mais díspares possíveis. Assim, um repertório de canções interpretadas pelos cultores populares serviu de base à identificação de uma música regional e local – a Música Tradicional de Coimbra – e, em consequência da coexistência musical entre populares e académicos, a Universidade de Coimbra, fundada nos finais do século XIII e definitivamente instalada nesta cidade, desde 1537, acabou por ser um dos poucos Estudos-Gerais oriundos da época medieval que viu o seu corpo discente desenvolver o filão académico de uma Canção fortemente influenciada pela Música Tradicional da cidade – a Canção de Coimbra –, sendo, no mundo, uma das raras universidades possuidoras de uma Canção própria.
Sabe-se, aliás, que pelo menos desde o século XVI, era hábito os estudantes de Coimbra cantarem e tocarem noite dentro, pelas ruas da cidade. Prova factual é a missiva que o rei D. João III enviou ao então magnífico reitor da Universidade – D. Agostinho Ribeiro, em 20 de Junho de 1539, dando conta da necessidade e da urgência em se pôr cobro às algazarras e às cantorias que os estudantes faziam até altas horas da noite, já que eram muitas as queixas dos moradores da velha urbe.
Assim, ao longo dos séculos, fruto da sociabilidade urbana própria de uma cidade com universidade, a população e os estudantes souberam dar corpo musical a um género tão específico como é a Canção de Coimbra.
O trabalho discográfico que nos é proposto por aqueles que, fazendo parte do Coro dos Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra, são também cultores e executantes desta Canção, é uma pequena amostra do que tem sido a Canção de Coimbra ao longo dos últimos 114 anos. Sendo uma selecção subjectiva entre as muitas possíveis é, porém, de enaltecer mais este esforço para a divulgação da Canção de Coimbra.

Fado Hilário
Fado Manassés
Samaritana
Inquietação
Senhora do Almortão
Coimbra Menina e Moça
Fado de Santa Cruz
O Meu Fado
Variações em Ré menor
Fado Corrido de Coimbra
Feiticeira
Fado das Andorinhas
Ondas do Mar
Fado da Despedida
Balada da Torre D'Anto
Balada dos Meus Amores
Variações Nº1 em La menor
Passatempo
Danças Portuguesas Nº2
Trova do vento que passa
Canção com Lágrimas
Vejam Bem
Sou Barco
O Trovador
Romance Nº2
E Alegre se Fez Triste
Era um Redondo Vocábulo
Por trás daquela Janela
Canção Pagã
Fantasia "A Espanhola"
Tempo que não passa
Maio '78
Formas
Canto a Coimbra
Madrugadas Silentes
Balada de Despedida do V Ano Jurídico de 1989
Pensamento livre
Mira-me Miguel
Vira de Coimbra
Balada de Despedida do 6º ano Médico de 1958

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Autor

Grupo de Fados dos Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra

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