Em Portugal, o universo laboral dos casinos permaneceu hermeticamente fechado durante quase um século, dadas as práticas de oclusão social que, ainda hoje, permeiam o sector. Este livro articula uma investigação histórica e etnográfica na análise do trabalho nos casinos, partindo da perspectiva dos seus próprios trabalhadores e dos constrangimentos estruturais que enquadram as suas acções, interacções e representações quotidianas. Debruça-se sobre as relações simultaneamente estruturais e interactivas, materiais e simbólicas, entre Estado, capital e trabalho; entre trabalhadores e consumidores; e entre trabalhadores de diferentes categorias profissionais, com o propósito de iluminar o contexto e a experiência laboral da força de trabalho dos casinos.