Detalhes do Produto
- Editora: Livros Horizonte
- Coleção: Horizonte Histórico
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- Ano: 2006
- ISBN: 9789722414449
- Número de páginas: 254
- Capa: Brochado
Sinopse
Nas vésperas do 28 de Maio os revoltosos estavam divididos em duas facções: uma, que tinha como dirigente o capitão de mar e guerra José Mendes Cabeçadas, apostava num projecto político de cariz democrático; a outra, na aparência liderada pelo General Gomes da Costa, batia-se por um estado forte, que estabelecesse a ordem na política, nas ruas e nos espíritos, e reorganizasse política, económica e socialmente o país.
Com a presença do Episcopado português, realizavam-se, em Braga, as cerimónias litúrgicas do Congresso Mariano. Gomes da Costa prometeu-lhes, então, se triunfasse, o reconhecimento da personalidade jurídica da Igreja, a liberdade de ensino religioso nas escolas particulares, a restituição à Igreja dos bens que estavam na posse do Estado e que lhe haviam pertencido, e a aposentação dos párocos.
Rapidamente Cabeçadas e Costa foram devorados por um processo que reflectia as divisões dos homens que disputavam o poder, com ideias diferentes quanto ao modelo de sociedade que queriam, e quanto aos modelos ideológicos que defendiam.
Sem que ninguém em rigor controlasse politicamente os acontecimentos o processo revolucionário continuou, com a situação financeira do país a agravar-se. Vivia-se num clima de guerrilha permanente, de boatos, intrigas e notícias alarmantes. A Igreja católica, nessa altura, esteve ao lado dos que se batiam por uma solução autoritária de direita.
No dia 27 de Abril de 1928 Salazar entrava para a pasta das finanças. Ao lançar os fundamentos de uma gestão responsável e coerente das finanças portuguesas, encontrou ao seu lado o mundo católico. Mais, quando a 29 de Junho daquele ano apelou aos portugueses para que pagassem as suas contribuições de uma só vez, em vez de o fazerem em duas prestações, a Igreja mobilizou-se.
Em documentos individuais os bispos recomendavam aos seus párocos, em particular, e aos seus paroquianos, em geral, que cooperassem com o ministro das finanças, na"obra patriótica de salvação do país".
Começava-se, assim, a lançar uma política e um projecto, que iriam vigorar por muitos anos.
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