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A Lenda do Santo Bebedor Seguido de O Leviatã

Joseph Roth

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Detalhes do Produto

Sinopse

«Havia nele toda a sabedoria do judaísmo, o seu humor, o seu realismo amargo; toda a tristeza da Galícia, todo o encanto e melancolia da Áustria.»
Heinrich Böll

«A Lenda do Santo Bebedor [...], escrita nos últimos quatro meses da sua vida e dada por terminada em Abril de 1939, constitui um autêntico canto de cisne de Joseph Roth. A novela narra as últimas três semanas da vida de Andreas, um vagabundo alcoólico, a quem acontecem estranhos milagres. A história desenrola-se em Paris e foi baseada num relato dum amigo que ouviu no Café Tournon. É sintomático como Roth se apodera da personagem principal para, duma forma premonitória, antecipar literariamente a sua própria morte, trágica como ela foi no exílio parisiense. Porque, ao contrário do desejo expresso no último parágrafo da novela, Deus não lhe deu a ele, o bebedor, uma morte tão suave e bela como a que teve a personagem Andreas.
Tal como em A Lenda do Santo Bebedor, também na novela O Leviatã, escrita igualmente no exílio francês e publicada um ano após a sua morte, em 1940, pelo editor holandês de origem judaico-portuguesa, Emanuel Querido, Roth conta, no tom legendário, a história do judeu Nissen Piczenik, tão singular como Andreas, que, na «Schtetl» de Progrody, perdida e isolada na imensidão da Rússia, entre Kursk e Voronej, leva uma vida simples e honesta de negociante de corais. Apesar de conviver diariamente com os corais — a sua verdadeira razão de ser —, Nissen Piczenik anseia pelas profundezas do mar, onde supõe crescerem os corais, guardados pelo incomensurável e poderoso monstro bíblico Leviatã. [...]
O recurso sistemático ao estilo do conto maravilhoso constitui, por parte de Joseph Roth, uma tentativa de dar vida, embora de uma forma utópica, ao microcosmo da sua terra natal, a Galícia Oriental, que então se encontrava em desmoronamento irreversível. [...] Esta e outras histórias de Roth são, por um lado, uma homenagem à velha monarquia austríaca dos Habsburgos, que, na sua opinião, era a pátria de todos, e, por outro, a toda uma região histórica — agora desaparecida, onde, segundo o grande poeta de língua alemã, originário de famílias judaicas de Bucovina, Paul Celan, viviam pessoas e livros.»
Álvaro Gonçalves

Inclui «Introdução cronológica à vida e obra de Joseph Roth», por Álvaro Gonçalves

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Autor

Joseph Roth

Joseph Roth nasce em 1894 em Brody (Galícia Oriental). Após ter feito a formação primária e secundária nesta cidade, continua os estudos universitários em Lemberg e, posteriormente, em Viena. Participa na Primeira Grande Guerra Mundial. A partir de 1918, trabalha como jornalista e cronista, primeiro em Viena e depois em Berlim. De entre vários romances e novelas escritos na Áustria e no exílio, destacam-se "Hiob" ("Job") e "A Marcha de Radetzky". Enfraquecido pelo consumo excessivo de álcool e não resistindo a uma pneumonia, morre em 1939, no Hôpital Necker (hospital parisiense destinado aos pobres).

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