Não é um exagero defender que a Revolução Russa teve um impacto mais profundo no mundo desde 1900 do que qualquer outro acontecimento recente — e também na historiografia. A história da maior parte do século xx tem sido uma reação ao «espectro do comunismo» que, pela revolução, se fez carne em Petrogrado, em 1917.
O fascismo, a ascensão de Hitler, o estalinismo superior, a Segunda Guerra Mundial, a Guerra Fria, as políticas americanas de «contenção» para enfrentar o estatuto de superpoder dos soviéticos, o aparecimento de uma nova encarnação de nacionalismo russo com Vladimir Putin — tudo isto é, de uma maneira ou de outra, o resultado da revolução bolchevique.