Sinopse
As relações entre maiorias autóctones e minorias étnicas-imigrantes lançam importantes desafios à democracia e exigem uma nova gestão política, uma vez que determinadas situações históricas e atuais têm demonstrado que a identidade étnica não traduz uma realidade imutável, antes é relacional e tem constituído, na esteira da tese weberiana, uma fonte de clivagem social tão ou mais importante que a identidade de classe. As posições de relativa desvantagem social e económica em que se encontra(va)m membros de minorias étnicas e imigrantes, agravadas pelas definições e categorizações externas por parte dos membros da alegada maioria, comportam tensões e encerram contradições que refletem as da própria comunidade ou sociedade autóctone.
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Autor(es)
Manuel Carlos Silva
Licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa, Sociólogo, Doutorado pela Universidade de Amesterdão em Ciências Sociais, Culturais e Políticas, ex-Diretor de Centro de Investigação em Ciências Sociais (2004-2014), ex-Presidente da Associação Portuguesa de Sociologia (APS) (2010-2012), é investigador integrado do Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais (CICS.Nova), Universidade do Minho.
Professor catedrático aposentado pela Universidade do Minho e Professor Visitante em Angola, Espanha, Colômbia e Brasil, foi avaliador de cursos em Ciências Sociais em Portugal pela Agência A3ES (2010- 2014), de candidaturas para bolsas de doutoramento e pósdoutoramento (2004-2013), assim como da produção científica em ciências sociais na FCT/Portugal e na ANVUR/Itália. Distinguido com o Prémio Sedas Nunes pela obra sobre o campesinato intitulada Resistir e Adaptar-se (Afrontamento, 1998), coorganizou diversos congressos (inter)nacionais (Conglab, 2009; APS, 2012), coordenou vários projetos de investigação e publicou, em autoria ou co-autoria, 32 livros e mais de 200 capítulos de livros e artigos em revistas (inter)nacionais sobre o rural-urbano, o desenvolvimento e as desigualdades sociais (de classe, étnico-raciais e de género).
Ler mais Vera Duarte
Vera Valentina Benrós de Melo Duarte Lobo de Pina, mais conhecida por Vera Duarte, nasceu no Mindelo em 1952 e integra o grupo de escritores cabo-verdianos com maior ressonância internacional. A sua escrita tem sido reconhecida por críticos de renome, estudada em várias universidades e distinguidas com alguns prémios internacionais, de entre eles o Prémio Tchicaya U Tam’si de Poesia Africana.
A sua vida literária está enraizada ao seu ativismo literário-cultural, iniciado em tertúlias enquanto estudante de Direito em Portugal e em participações no jornal Voz di Povo e na Revista Raízes, em Cabo Verde.
Vera Duarte estreou-se como autora em 1993, com o livro de poesia Amanhã Amadrugada, seguindo-se O arquipélago da paixão (2001), Preces e súplicas ou os cânticos da desesperança (2005), Exercícios poéticos (2010), A candidata (2003), Construindo a utopia (2007), Matriarca: Uma história de Mestiçagens (2017), e Risos e Lágrimas (2018). Em 2019, publica pela Rosa de Porcelana Editora a sua antologia poética A Reinvenção do Mar.
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