Poucos homens na história inflamaram tantas imaginações como Alexandre o Grande, o conquistador macedónio que, em pouco mais de dez anos, de 334 a 323 antes da nossa era, se apoderou do imenso império persa de Dario e conduziu os seus exércitos até às margens desconhecidas do Indo.
Mas quem era este homem? Qual a sua verdadeira importância? Até que ponto mudou ele a face do mundo? Com a sua morte, o imenso império desvanece-se, vítima da ambição dos seus generais. Mas o seu breve reino marca uma ruptura na bacia oriental do Mediterrâneo. Ruptura política, com a nascença da monarquia helenística herdada da cultura grega, e cultural, com o desenvolvimento de novas formas de pensamento e de sincretismos religiosos em Alexandria.
Claude Mossé recria aqui magistralmente esta figura fundamental — herói mítico, umas vezes deus, outras demónio — e debruça-se sobre a evolução da imagem de Alexandre através dos séculos.
Uma leitura necessária e apaixonante, que tem em conta o imaginário e o seu lugar nas sociedades.