Almada Negreiros e o Mosteiro da Batalha - Quinze Pinturas Primitivas num Retábulo Imaginado
Simão Palmeirim, Pedro Freitas
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Sinopse
António Valdemar: «São agora revelados, na Batalha, novos inéditos encontrados no espólio. Os comissários Simão Palmeirim e Pedro Freitas, no estudo incluído neste livro, também desenvolveram a interpretação das soluções geométricas, para certificar o trabalho consistente e original de Almada.»
A presente publicação apresenta uma das mais arrojadas linhas de investigação sobre arte levada a cabo em Portugal: a proposta de reconstituição retabular que Almada Negreiros elaborou a partir de um conjunto de pinturas do Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), baseada em fundamentos de geometria plana desenvolvidos pelo próprio. Este livro acompanha uma exposição dedicada a este complexo tema, que Almada desenvolveu ao longo de décadas, dando ênfase à produção artística que resulta da sua investigação. A exposição, patente na Capela do Fundador do Mosteiro da Batalha, entre dezembro de 2020 e dezembro de 2021, reconstitui em tamanho natural o retábulo que Almada imaginou, e mostra uma série de obras inéditas do autor sobre o tema.
Almada Negreiros (1893-1970) é uma figura incontornável do modernismo português e da cultura nacional do século XX. Ao longo de décadas, elaborou uma proposta de retábulo que agrega múltiplas pinturas dos séculos XV e XVI, na sua maioria atribuídas a Nuno Gonçalves e à sua escola. Almada afirmava que o seu destino original seria uma das paredes da Capela do Fundador do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, na Batalha. A exposição encena a proposta almadiana nessa mesma parede, assumindo-se como uma homenagem ao intenso trabalho desenvolvido pelo autor neste contexto.
A nossa intenção é valorizar, esclarecer e divulgar a produção artística do autor modernista acerca do tema. Não pretendemos reacender polémicas em torno do problemático entendimento das pinturas em causa: entre elas contam-se os famosos Painéis de São Vicente, do MNAA. É relevante notar desde já que, sobre estas pinturas, o próprio modernista afirma: «a nossa obra-prima não deve ter sido posta no seu destino de origem.»
[Simão Palmeirim e Pedro Freitas]
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