Em As Origens da Existência, o astrofísico Fred Adams empreende uma abordagem radicalmente diferente da seguida pela longa tradição de biólogos e líderes espirituais que tentaram explicar como o Universo sustenta o desenvolvimento de vida. Ele argumenta que a vida deriva naturalmente das leis da física — estabelecidas aquando do big bang. Estas leis elegantes condicionaram a formação de galáxias, estrelas e planetas — incluindo alguns como a nossa Terra. Esta cadeia de criação produziu todas as minúsculas estruturas químicas e vastas paisagens celestiais necessárias à criação de vida. Em última análise, as leis físicas e a complexidade por elas gerada definem os  tipos de bioesferas possíveis — de uma floresta amazónica a um gelado oceano submerso num lençol de gelo numa lua distante.

Adams sugere que a vida não resultou de um golpe de sorte; é o resultado natural da ascensão da complexidade suportada pelo nosso universo. Já que a nossa galáxia parece ser o lar de milhões de planetas com os mesmo elementos básicos de habitabilidade da Terra, a emergência da vida não é, provavelmente, um evento raro. Se a vida emerge profundamente em planetas e luas, como as mais recentes investigações parecem sugerir ter acontecido na Terra, o número de habitats viáveis é verdadeiramente gigantesco. Em sete capítulos, organizados cronologicamente, o leitor é levado das leis da física e do nascimento do Universo às origens da vida na Terra.

No seu primeiro e revelador livro, Fred Adams estabeleceu as cinco idades do universo, com principal incidência no seu futuro a longo termo. É pois natural que agora vire a sua atenção para o mistério das nossas origens astronómicas. Uma surpreendente perspectiva, um verdadeiro livro do Génesis, que revela como as leis da física criaram galáxias, estrelas, planetas e até vida no Universo.