Carmen de Burgos
Carmen de Burgos (Almería, 1867 – Madrid, 1932), polifacetada autora de uma extensa obra, foi ficcionista, jornalista, tradutora, conferencista, e publicou uma série de biografias, livros de viagens e manuais práticos. Distinguiu-se nas primeiras décadas do século XX como incansável defensora dos direitos da mulher e de muitas ideias reformistas, como a lei do divórcio ou o sufrágio universal. A partir de 1915, manteve uma estreita relação com o nosso país. Escreveu sete novelas de ambiente português, dedicou muitas das suas crónicas a Portugal, a políticos republicanos e escritores portugueses, foi colaboradora do jornal O Mundo, professora na Faculdade de Letras de Lisboa, conferencista na Academia das Ciências e agraciada com a Ordem de Santiago de Espada. Criou a Cruzada das Mulheres Espanholas, que, com a Cruzada das Mulheres Portuguesas, integraria a partir de 1922 a Liga Internacional de Mulheres Ibéricas e Hispano-Americanas. A sua obra foi proibida durante a ditadura espanhola.