Denis Diderot

Denis Diderot (1713–1784) foi autor de romances, peças de teatro e diálogos filosóficos, e um dos primeiros críticos de arte modernos. De 1747 a 1765, editou a Encyclopédie ou Dictionnaire raisonné des sciences, des arts et des métiers, com o filósofo e matemático D’Alembert. Estudou com os jesuítas em Langres, a sua terra natal, e recebeu, aos doze anos, a tonsura. Frequentou a Universidade de Paris, da qual recebe o grau de mestre em artes; estudou Direito, sem completar o curso. Foi deserdado pelo pai, insatisfeito com a vida diletante que levava em Paris. Em 1742, Diderot conheceu Jean-Jacques Rousseau, de quem se tornou amigo. Deu início à actividade de tradutor em 1743, de que se destaca a sua versão de An Inquiry Concerning Virtue or Merit, de Shaftesbury. Em 1746, foi publicada anonimamente a sua primeira obra original, Pensamentos Filosóficos. Segue-se uma longa lista de obras de romanescas e filosóficas, entre as quais Les Bijoux indiscrets (1748); Carta sobre os cegos para uso daqueles que vêem (1749), Suplemento à viagem de Bougainville (1772). Algumas das suas obras mais conhecidas, como Jacques, o Fatalista (1778), A Religiosa (1796) e O Sobrinho de Rameau (1891), foram publicadas postumamente. Apesar de considerado um dos mais importantes pensadores do Iluminismo, experimentou grandes dificuldades económicas, dando aulas, traduzindo e escrevendo para se sustentar. Em 1765, Catarina II, a imperatriz da Rússia, comprou-lhe a biblioteca, em títulos de renda vitalícia; em 1773, Diderot foi visitá-la à Rússia. Morreu a 31 de Julho de 1784, em Paris.