Nasceu em Boston, em Janeiro de 1809, e faleceu de alcoolismo a 7 de Outubro de 1849 no Washington College Hospital. Apesar de uma vida marcada por uma série de recaídas e convalescenças, Poe escreveu alguns dos melhores, ou pelo menos dos mais conhecidos, contos da literatura norte-americana e vários poemas memoráveis, como O Corvo e Eureka — A Prose Poem, publicado um ano antes da sua morte. Os livros de Poe influenciaram escritores como Dostoievski, André Gide, Ginsberg e Pessoa, realizadores como D. W. Griffith e muitos poetas franceses, de Baudelaire a Valéry. É famosa a tradução que o autor de As Flores do Mal fez dos seus contos e à versão em prosa de O Corvo feita por Mallarmé influenciou o moderno verso livre. Edgar Allan Poe aperfeiçoou o thriller psicológico, inventou a história de detectives (Conan Doyle deve-lhe bastante) e raramente se enganou a transportar o leitor para o seu próprio reino do sobrenatural. Foi também considerado um importante crítico literário e Walter Benjamin sublinhou a importância de um conto seu, O Homem da Multidão, na criação da literatura em que é decisiva a «diluição» do indivíduo nas massas das grandes cidades.