Helena Pato
Helena Pato nasceu em Mamarrosa (Aveiro), em 1939. Militou activamente na Resistência, durante as duas décadas que antecederam a Revolução, tendo sido presa e detida várias vezes pela polícia política. Acompanhou o marido no exílio até ao seu falecimento, em 1965. Em 1967 esteve presa seis meses na Cadeia de Caxias, sempre em regime de isolamento. Dirigente estudantil (1958 a 1962); dirigente política da CDE (1969 a 1970); fundadora do MDM (1969) e sua dirigente (1969 a 1971). Integrou o núcleo de professores que, durante o fascismo, dirigiu o movimento associativo docente (1971 a 1974). Fundadora dos sindicatos de professores (1974), foi dirigente do SPGL nos seus primeiros anos.
Licenciada em Matemática, a sua vida profissional foi dedicada ao ensino de crianças e de jovens e à formação docente: leccionou durante 36 anos no ensino público e publicou livros e estudos, no âmbito da Pedagogia e da Didáctica da Matemática. Coordenou Suplementos de Ciência e de Educação em jornais diários.
Dirigente do Movimento Cívico Não Apaguem a Memória (NAM), desde 2008; presidente do NAM de 2012 a 2014. Em 2013 criou no facebook e coordena, desde então, a página Antifascistas da Resistência e o grupo Fascismo Nunca Mais. Publicou dois livros de memórias do fascismo: Saudação, Flausinas, Moedas e Simones (2005, Editora Campo das Letras) e Já uma Estrela se Levanta (2011, Editora Tágide).