Manuel Agostinho Madeira Torres

MANUEL AGOSTINHO MADEIRA TORRES – Foi pároco de Santa Maria do Castelo (Torres Vedras), vigário da vara do arciprestado e desembargador-inspetor das igrejas invadidas do patriarcado de Lisboa, a partir de 1811, na sequência dos acontecimentos da terceira invasão francesa no contexto da Guerra Peninsular. Foi também, ainda que efemeramente, deputado eleito pela Estremadura para as Cortes Gerais Constituintes, que a partir de 1821, iniciaram os trabalhos preparatórios para a elaboração da Constituição de 1822. Foi, ainda, um homem da Cultura, papel que assumiu a partir de 1817, quando da sua nomeação para sócio correspondente da Academia Real das Ciências, tendo-se dedicado à história local e publicado, em 1819, a "Descripção historica e economica da villa e termo de Torres Vedras: parte histórica", nas Memórias da Academia Real das Sciencais de Lisboa, estudo que conheceu 2.a edição (Coimbra: Imprensa da Universidade, 1862), valorizada com as anotações de José Eduardo César e António Jacinto da Gama Leal, objeto de reimpressão, em 1988, pela Santa Casa da Misericórdia de Torres Vedras. A "parte económica" foi objeto de publicação, em 1835, nas Memórias da mesma Academia.