Manuel Miranda
A guerra civil de Espanha tinha acabado em 1939.
Mas na Europa, em 1939, tinha começado a Segunda Guerra Mundial.
O maior conflito da história da humanidade… Até ver!...
A Alemanha era governada por Adolf Hitler.
Carregava ódio aos judeus, aos excluídos, aos deficientes, a todos que não fossem da sua raça.
Entre os anos de 1941 a 1944, o regime nazi deportou milhões de judeus e de pessoas com deficiências, enviando-os para os campos de extermínio.
Estima-se que 70 a 100 mil “cidadãos com deficiência” tenham sido assassinados em menos de dois anos.
A 9 de março de 1941, o bispo de Berlim denunciou “mortes de deficientes”.
A 3 de agosto de 1941, o bispo de Münster denunciou o assassinato de cidadãos com “deficiências físicas e mentais”.
Holocausto!...
Foi neste contexto que em 1941 nasceu o autor deste livro, professor aposentado, o quinto de nove irmãos de um casal que vivia de uma agricultura de subsistência, numa pequena freguesia do norte.
O que se comia vinha do trabalho diário de uma agricultura de subsistência, cultivava-se milho, o pão de cada dia. Umas pequenas leiras trabalhadas com instrumentos artesanais.
No trabalho das colheitas, os vizinhos ajudavam, solidários. Havia um trabalhador de profissão, jornaleiro, pago à jorna.
Não havia produção de lixo. Tudo era aproveitado. Não se sabia o que era isso de poluição.
Recorda o racionamento por causa da guerra. Havia senhas para os alimentos.
A escola para rapazes e para raparigas, na mesma sala as quatro classes, com a professora Fernanda Soucaseau, foi levado a exame da quarta classe a uma escola em Barcelos, sede de Concelho, três dias de viagem de comboio.
Quarta classe feita, o quinto filho foi o primeiro a deixar a casa.
Entrou no seminário.
Para estudar era o seminário. Escola oficial mais perto era em Viana do Castelo.
Livros publicados:
− Tiagolas e outras estórias
− Autonomia para a inclusão - A importância da educação
− Fisgadas pela inclusão
− Loucos ou excluídos? − Por onde passam as fronteiras que os distingue?
Livros que abordam as questões da Deficiência Intelectual/Mental são recorrentes nas suas intervenções e em crónicas nos jornais.