Maria Olívia Sebastião
Pouco se sabe acerca da autora, que faz, com Histórias de Amor Moderno, a sua estreia literária. Nunca deu entrevistas, não faz aparições públicas, não participa em sessões de autógrafos. Presume-se que viva em Lisboa e tenha crescido na área metropolitana da capital. De modo a permitir a elaboração desta nota biográfica, Maria Olívia acedeu a partilhar com a editora alguns dos seus gostos pessoais.
«Sou uma ávida praticante da observação de humanos. Há quem prefira ver os pássaros, há quem tenha gosto em olhar para aviões. Eu olho para os humanos. Tento não os pessoalizar enquanto os observo: são bichos como os outros, com os seus pequenos comportamentos e os seus pequenos tiques e os seus pequenos rituais.
Procuro não interferir com eles e nunca, em caso algum, interagir enquanto os observo. Pretendo que se comportem com naturalidade enquanto tomo as minhas notas. Os humanos podem ser fascinantes.»
A autora acrescenta que é uma boa ouvinte e que gosta de escutar, «mas então, quando isso acontece, os humanos já mudam de estatuto, tornam-se pessoas. É diferente, porque gera em mim empatia. Deixo de ser uma observadora, passo a participar, ainda que brevemente, na vida dos outros».
Maria Olívia não se revela em demasia. Mas o seu longo currículo inclui, além da passagem por duas bandas de rock «de relativo sucesso no meio alternativo», a escrita de peças de teatro, duas participações em curtas-metragens, guionismo para televisão e ainda redação para jornais e revistas. «Já fiz muitas coisas na vida, passei por muitos sítios, até desporto fiz. Entrevistei muita gente, centenas de pessoas, algumas delas bem conhecidas. Eu usava era nomes diferentes.»