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Maria Prazeres Quintas

Maria Prazeres, licenciada em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, tinha desde criança o sonho de ser escritora. Cedo aprendeu a ler, cedo também começou a redigir frases pequenas e pequenos textos que só para ela tinham sentido.

Aos 11/12 anos, já no seguimento dos estudos num colégio, criou o seu primeiro livro de poesia, adaptando um caderno diário. Escreveu na capa POESIA. Apenas algumas amigas da sua turma o conheciam. Era lido muito em segredo!

Um dia, durante um exercício de Português, a professora descobriu o caderno e foi-o lendo. Um susto, uma vergonha. No fim, entregou-lho com estas palavras: «Menina, estes poemas não são para a sua idade. Além disso, para o ano vamos aprender a rima e a métrica…» Nunca soube quais seriam, nesses anos 50 do século 20, os versos desapropriados a uma imaginação infantil. Apenas se lembra de uma quadra ingénua dedicada a um amor platónico: JAV, meu querido JAV / Só tu és o meu amor / A alegria dos meus dias / Minha luz e meu calor.

Nesta vida de diferentes círculos, nunca nas suas quadraturas, nem sequer nas suas tangentes, o livro de poesia viu a luz! Finalmente agora, a caminhar para os 8 anos, o sonho da menina se irá realizar. Não como desejaria, mas num livro de vidas. O livro de uma vida!