Zélia Pereira

Licenciada em História (Fac. de Letras, Lisboa, 1995) e Mestre em História Social Contemporânea (ISCTE, 1999), cedo se embrenhou pelo mundo dos arquivos, por onde se veio a doutorar (PhD Ciências da Documentação e da Informação, Évora, 2018). Ao longo dos anos, colaborou em vários projetos de investigação na área da História e da Arquivística. Foram precisamente os arquivos que a levaram um dia a aterrar em solo de Timor-Leste ao serviço da Fundação Mário Soares. Ali bebeu água de coco e, em respeito à boa tradição local, quis o destino que Timor teimasse em regressar a si – ou talvez porque, num final de tarde quente em Díli, entrelaçou parte do seu coração nas raízes de um gigante gondoeiro. E assim foi parar um dia ao CES da UCoimbra onde encontrou liberdade para continuar a estudar Timor, desta vez como investigadora no projeto ADeTiL. A autodeterminação de Timor-Leste: um estudo de História Transnacional. O livro que o leitor ora tem entre as mãos resulta do caminho percorrido durante os anos desse projeto, que teve um momento feliz quando o Prémio Aristides de Sousa Mendes 2022 da Associação Sindical dos Diplomatas Portugueses foi atribuído (ex-aequo) a um trabalho assinado em conjunto com Rui Graça Feijó (reproduzido neste volume).