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Sinopse

"Billy Budd: o Marinheiro antecipa o modernismo pela sua forma, pela miríade de géneros e pela sua abrangência." David Kirby
Autor de Moby Dick, A Baleia Branca (Publicações Europa-América, colecção "Clássicos", obra considerada como o maior romance americano,  Herman Melville (1819-1891) foi sem dúvida um dos grandes romancistas, contistas, ensaístas e poetas da literatura do século XIX.
As suas duas primeiras obras atraíram muito a atenção do público e a obra Billy Budd: o Marinheiro (1924 — edição póstuma) não é excepção, muito pelo contrário, é uma das obras mais controversas que foram escritas no século XIX.
Testamento final de Melville, Billy Budd é, deste modo, uma fábula política e social, reveladora de várias facetas de uma época na qual vive um jovem e inocente marinheiro que se alistara à força num navio de guerra britânico, na altura da Revolução Francesa. Injustamente acusado de instigar uma rebelião, Billy tem de enfrentar um universo exclusivamente masculino em que as relações de poder se aguçam, ao ponto de o jovem marinheiro matar o delator Claggart diante do seu capitão Vere.
Inocente, Billy, cuja voz estava silenciada pela emoção, terá o destino ditado pela incontornável lei da Marinha: a morte.

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Autor

Herman Melville

HERMAN MELVILLE nasceu a 1 de Agosto de 1819 em Nova Iorque. Foi o terceiro de oito filhos de Allan e Maria Melvill, nascido numa prestigiada família de ascendência escocesa. O pai tinha um negócio de importação que, apesar de próspera, não era suficiente para acompanhar o estilo de vida a que se entregava nem as dívidas que contraiu para o sustentar. A sua morte, em 1832, deixou a família numa situação financeira ainda mais precária e teve um impacto profundo na juventude de Melville. Aos 12 anos começou a trabalhar como bancário no New York State Bank, o primeiro de vários empregos que teve para ajudar a sustentar a numerosa família. Aos 18 anos, depois de frequentar, intermitentemente e enquanto trabalhava, o curso de Latim, Melville embarca no navio mercante St. Lawrence como ajudante e, dois anos depois, junta-se à tripulação do baleeiro Acushnet, de que deserta quando este chega às ilhas Marquesas para viver com os nativos, uma experiência que descreverá no seu livro Typee, de 1846. Ainda em 1841, a bordo do baleeiro Lucy Ann, Melville tomou parte num motim de tripulantes que o levou à cadeia, no Taiti, de onde conseguiu fugir pouco depois. O relato desta experiência, deixa-o em Omoo, publicado em 1847. Estes dois livros foram êxitos de vendas e da crítica em Inglaterra e nos Estados Unidos e Melville tornou-se um reconhecido escritor e aventureiro. Em 1847, casou com Elizabeth Shaw, com quem teve quatro filhos e, em 1849, publicou Redburn, romance semiautobiográfico onde descreve os últimos dias do pai. Em 1851 é publicado aquele que hoje conhecemos como o mais importante e ambicioso romance americano, a obra-prima Moby Dick, na altura publicada sob o título The Whale, dedicado ao amigo e escritor Nathaniel Hawthorne. A receção e as vendas desastrosas deste livro ditaram o declínio do escritor nas décadas seguintes. Em 1856, publicou The Piazza Tales, uma coletânea de seis contos anteriormente publicados na Putnam’s Monthly Magazine, entre os quais se encontra Bartleby, o Escrivão, apontado como um dos melhores contos jamais escritos. À data da sua morte, a 28 de setembro de 1891, Melville era considerado um vulto menor das letras americanas, cuja obra se encontrava praticamente fora de circulação. O reconhecimento da importância de Melville, romancista, poeta e escritor, para a literatura americana e mundial chegaria apenas no século XX, em 1919, por ocasião da celebração do centenário do seu nascimento.


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