Natália Correia
Natália Correia nasceu na Fajã de Baixo, São Miguel, Açores, em 1923. Foi editora, jornalista e fundadora do Botequim, mítico bar da boémia intelectual lisboeta. Militante oposicionista no MUD e na CEUD, foi condenada judicialmente, com pena suspensa, pela publicação da Antologia de Poesia Portuguesa Erótica e Satírica (1966), que organizou, e esteve também ligada à edição das Novas Cartas Portuguesas (1972). Em democracia, integrou, como deputada independente, as bancadas parlamentares do PPD e do PRD. Estreou-se na poesia com Rio de Nuvens (1947), a que se seguiram Poemas (1955), Dimensão Encontrada (1957), Passaporte (1958), Comunicação (1958), Cântico do País Emerso (1961), O Vinho e a Lira (1966), Mátria (1968), As Maçãs de Orestes (1970), A Mosca Iluminada (1972), O Anjo do Ocidente à Entrada do Ferro (1973), Poemas a Rebate (1975), Epístola aos Iamitas (1976), O Dilúvio e a Pomba (1979), O Armistício (1985) e Sonetos Românticos (1990, Grande Prémio de Poesia da APE). A obra poética foi reunida em O Sol nas Noites e o Luar nos Dias (1993) e Poesia Completa (1999). Escreveu igualmente ficção, teatro e ensaio. A sua personalidade exuberante, o seu activismo feminista e cultural e os seus programas televisivos ficaram célebres. Morreu em 1993, em Lisboa. Em 2015, as cinzas foram trasladadas para São Miguel.
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