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Sinopse
Só o humor nos salva dos extremos caricaturais da beatitude ou do catastrofismo. E será
também por isso que o humor suscita ódios ferozes e intolerâncias assassinas, tal como
mostrou, já no início de 2015, o massacre na redação do
Charlie Hebdo
. Foi a prova trágica de que o humor - e o humor em desenho, em caricatura - pode ser a
guarda avançada da liberdade de expressão, essa liberdade sem a qual nenhuma das outras
liberdades faz sentido. [
]
Felizmente, neste nosso país de brandos costumes e pouco exposto aos olhares do mundo, os
desenhadores de humor não precisam de pagar com a vida o atrevimento de rir dos poderes e
dos dogmas. 2014 foi, de resto, um ano especialmente melancólico, em que os portugueses se
habituaram a conviver, sem excessivos protestos e alaridos, com os rigores da austeridade.
E à melancolia ambiente, dissipado o efeito da grande manifestação dos nossos indignados…