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Colóquio/Letras 213 - Maio-Ago 2023

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Sinopse

Eduardo Lourenço / Eugénio de Andrade

Entre as várias celebrações que têm lugar este ano, o n.º 213 lembra os centenários de Eduardo Lourenço e de Eugénio de Andrade, e também o de Luís Amaro, poeta discreto, durante anos responsável editorial pela Colóquio/Letras, sob várias direções. As cartas que se revelam de Vítor Manuel de Aguiar e Silva, comentadas por António Cândido Franco, são um bom testemunho do rigor que Luís Amaro soube imprimir à revista.

Temos hoje acesso tanto à poesia reunida de Luís Amaro como às obras completas de Eduardo Lourenço que a Fundação Gulbenkian – que foi também a sua casa nas últimas décadas de vida – tem vindo a publicar; e de Eugénio de Andrade, de quem já dispúnhamos da poesia reunida e das traduções, acaba de ser facultada a prosa publicada em vida, o que nos permite uma compreensão mais vasta de uma obra que continua a ser lida e amada.

Com este número, Colóquio/Letras dá um contributo para o entendimento do que representam, para a cultura portuguesa, o filósofo e o poeta, que têm em comum o mesmo território natal, a Beira, nos seus dois extremos.

Cleonice Berardinelli, que nos deixou este ano, é também evocada no belo e sentido texto de Ida Alves.

E, por coincidência, vêm do Brasil, pela mão de Maria Lúcia Dal Farra e de Kátia Bandeira de Mello-Gerlach, as duas colaborações poéticas deste número, assim prosseguindo a relação com outros espaços em que a nossa Língua se projeta.

O artista convidado é o fotógrafo José M. Rodrigues.

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