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Sinopse

Em meados do século XVI, Jorge Ferreira de Vasconcelos oferece-nos, com fina agudeza, um retrato crítico da corte. O mundo transformara-se num lugar perigoso, absurdo, desconcertante, e as personagens da Comédia Aulegrafia movimentam-se nessa atmosfera de ambição e mentira. O que impressiona na Comédia Aulegrafia é a actualidade dos temas, da política ao amor, bem como a visão expressa de que o tempo é de crise de valores, mudança e alteração de paradigmas. Nela se respira a experiência do engano e da decepção, do mundo às avessas, que parece tudo fazer ruir. Esta comédia de costumes serve de pretexto para o dramaturgo satirizar a vida quinhentista, com seus vícios e costumes, servindo-se de uma galeria de personagens bem portuguesas, que dão corpo a uma história de amor e de intriga palaciana.


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Autor

Jorge Ferreira de Vasconcelos

Jorge Ferreira de Vasconcelos nasceu na segunda ou terceira década do século XVI, não se conhecendo, contudo, uma data precisa. Seu pai, António Dias Pereira, era natural de Coimbra. É referido que foi criado do duque de Aveiro, D. João de Lencastre, e são-lhe atribuídos os títulos de doutor jurista e de cavaleiro da Ordem de Cristo. Exerceu os ofícios e cargos de moço de câmara do Infante D. Duarte (1540), moço de câmara de D. João III, escrivão do tesouro da casa real (1553–1563), Tesoureiro do Tesouro Real (1563–1575) e Tesoureiro do Armazém da Guiné e Índia (1580–1583). Em 1550, Jorge Ferreira de Vasconcelos encontra-se em Lisboa, pois descreve no «Memorial das Proezas da Távola Redonda» o Torneio de Xabregas. Foi casado com D. Ana de Souto, senhora nobre. Perdeu um filho jovem, Paulo Ferreira, em 1578, na batalha de Alcácer Quibir. Confirma-se ainda que, em 1584, a sua filha, Briolanja Mendes de Vasconcelos, se casou, na freguesia do Sacramento, com Dom António de Noronha, que viria a ser o promotor das edições seiscentistas das comédias «Ulysippo» e «Aulegrafia». Morreu em 1585 e foi enterrado no cruzeiro central da igreja da Trindade, desaparecida no Terramoto de Lisboa.

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