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Sinopse

Sempre que um cidadão é apanhado pela Justiça cometendo um acto transgressor e grave das normas estabelecidas numa determinada sociedade, vai para a prisão. Enfim, mais ou menos… Dela, cada um de nós, desenha a ideia de uma casa onde o Estado põe o dito cidadão a marinar até que este esteja “preparado para ser reinserido” na dita. “A ver se se emenda, senhor fulano…” Nada mais falso! Ainda que dito muitas vezes até pareça verdade, facto é que ninguém sai melhor do que entrou na prisão! Mas não é sobre isso que aqui venho. Até porque em Portugal não há prisões, outrossim, há estabelecimentos prisionais, o que desde logo, marca toda a diferença…

Certo é que os que por lá passam não são os que violaram a Lei, mas apenas os que foram apanhados nas malhas desta. Como todos sabemos, dependendo do dia, do combustível disponível na esquadra, do despacho e de outros imponderáveis que agora não vêm ao caso. Até porque malhas, há-as para todos os feitios. Limpinho como água é que de prisões, os legisladores, que lhes outorgam definições, nada sabem, os governantes, que lhes impõem regras de funcionamento, nunca viram, e os outros, presos, guardas, técnicos e funcionários, desenrascam-se, cada um a seu modo e de modo a que “passe depressa”. Lá dentro, garantidamente e apenas, Gente como nós. E portanto, Gente que pensa, que ri, que chora e que sente e vive à medida que o tempo e o modo ditados permitem.

O que o leitor aqui vai ler e encontrar, salvaguardados os caricatos, são factos ou ditos de quem sobrevive à vida e ao modo que cada um escolheu ou teve em sorte. Mas de novo e apenas, Gente como nós. Todos peroramos teoria sobre a forma como deveria ser a prisão. Mas lá, nesse outro universo onde todos se amontoam de razões a marinar, a vida, apesar de diferente, estranha e até contra natura, é apenas e ainda assim, apenas vivida por seres humanos.

Técnicos, guardas e presos. É disso que bastas vezes nos esquecemos.

Na prisão, mora apenas Gente.

In prefácio
Hernâni Carvalho

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Autor(es)

Vítor Ilharco

Vítor Manuel de Sousa Ilharco nasceu em Castro-Daire.

Foi jornalista durante anos (iniciou a sua atividade, na década de 70, no "Jornal do Fundão"). Foi Diretor dos jornais "O Raio", "A Semana de Leiria" e "Zona Centro", da revista económica "Portugal – As Empresas Privadas" e do jornal humorístico "O Chato".

Foi Diretor de Informação da "Rádio 94 FM".

Chefiou a Delegação do Porto do Jornal "O País".

Tem colaboração espalhada por vários jornais de diversos países.

A partir de 1992 abraçou a carreira de assessoria política e de imprensa que desempenhou em três países.

É, atualmente, Secretário-Geral da "APAR – Associação Portuguesa de Apoio ao Recluso", de que é fundador e sócio número um.

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Fernando Jorge (ilustrações)

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