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Sinopse

Sinopse Se, de uma forma muito simples, mas clara, dissermos que o pensamento ideológico é um pensamento fechado, comprometido com uma conclusão prévia, e se considerarmos que ciência é o contrário disso mesmo (ou, no caso das ciências sociais, o empenho para do contrário disso mesmo se aproximar), perceberemos que o pensamento praticado por Boaventura Sousa Santos e aquilo que, em geral, afirma fazer-se no seu Centro de Estudos Sociais não serão ciência, mas ideologia. De modo idêntico, a astrologia, ao afirmar como verdade, sem prova empírica, uma ligação directa entre os astros e o destino do homens, também não é ciência. Quanto à arte, à religião, à poesia, manifestações humanas que são expressão de saberes e fonte de conhecimento, não são, como bem se compreende, ciência. Ciência também não é o mesmo que tecnologia, pelo que é absurdo pôr em causa a ciência com o argumento da possibilidade do mau uso das suas aplicações, uso que, este sim, deve subordinar-se ao entendimento do bem comum.

Confundir todas estas manifestações humanas releva de um pensamento reactivo só explicável, porventura, nos casos em que não é razoável supor-se uma ausência gritante de cultura filosófica e histórica, no registo dos afectos.

São estas confusões grosseiras — calamitosas muito particularmente para o sistema de ensino, para a universidade e a investigação em todos os domínios, na ciência, mas também nas ciências sociais — que António Manuel Baptista, distinguindo com rigor e coerência aquilo de que fala e está em causa, continua, paciente e expressivamente, a enfrentar e a procurar esclarecer.

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Autor

António Manuel Baptista

António Manuel Baptista foi professor catedrático da Academia Militar de Lisboa e de Medicina Nuclear na Michigan State University (EUA). Graduou-se na International School of Nuclear Science and Engineering. Criou, com Francisco Gentil Martins, a primeira unidade de cobaltoterapia em Portugal, no IPO (1958). Foi director do Laboratório de Isótopos Abílio Lopes do Rego do Instituto Português de Oncologia de 1961 a 1983 e dos Centros de Estudos de Medicina Nuclear do IAC e do INIC. Trabalhou no Medical Research Council e no Royal Cancer Hospital de Londres. A sua actividade científica desenvolveu-se em áreas tão diversas como electroquímica, física dos neutrões, aplicações de isótopos em medicina, física médica e medicina nuclear, radioterapia e instrumentação nuclear. Manteve, desde 1961, uma continuada actividade de divulgação científica, reconhecida pelo Prémio de Imprensa (1969) e pelo Prémio Vídeo da Televisão (1981). Publico vários livros, nomeadamente Ciência na Crista das Ondas (1994), A Primeira Idade da Ciência: A Ciência no Século XIX e Tempo de D. Carlos I (1997), Discurso Pós-Moderno contra a Ciência (2002) e Crítica da Razão Ausente (2004).

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