Detalhes do Produto
- Editora: Tinta da China
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- Ano: 2013
- ISBN: 9789896711818
- Número de páginas: 104
- Capa: Brochado
Sinopse
À décima colectânea, Luís Quintais regressa aos seus lugares de sempre: às «ficções supremas» de Wallace Stevens como único sentido ainda disponível; à prosa enquanto território especulativo; às desumanidades de um século impiedoso, de que o Holocausto é exemplo, mais do que símbolo; à modernidade sem «aura» mas ainda com vestígios de uma aura, de um esplendor. Vivemos num tempo «depois da música», como se diz «depois da Deus»; mas depois da música, e por causa da música, fica ainda um fogo que arde e se vê, como em Bach, deus mortal, ou nas canções de Billie Holiday. Depois da Música não desespera por completo da poesia, essa arte dos duzentos exemplares: a poesia é a resistente e discreta possibilidade de deixarmos registo de mais um dia na terra, da vertigem do mundo, das ilusões e derrotas, de filhos, amigos, mestres. Acto gratuito, imagem dentro das imagens, o poema faz com que «uma árvore» signifique «apenas uma árvore» ou muito mais que isso: a própria figura da poesia, «um horizonte de árvores negras / desenhado no chão da biografia, // uma forma de melancolia consentida».
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