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Deus e Caravaggio: a negação do claro-escuro e a invenção dos corpos compactos

Carlos Vidal

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Detalhes do Produto

Sinopse

Tenta-se neste estudo desmitificar a vida e obra de Caravaggio, para que, desse modo, seja mais efectiva a leitura das suas obras e invenções pictóricas: portanto, o mito dá aqui lugar a uma leitura rasante à pintura. Defende-se que a visão do mundo do autor é influenciada pela espiritualidade da época: por S. Filipe Néri, nomeadamente (por sua vez influenciado por Francisco de Assis).

Por outro lado, como alguns biógrafos atentos à documentação disponível já o indicaram, a vida violenta do pintor foi antes uma vivência no seio do clima violento da Roma de então. A sua ausência de produção desenhística não se pode relacionar com qualquer tipo de ausência de reflexão formal ou composicional. Antes enfatiza as particularidades da sua pintura. O que é reforçado pelas suas invenções luministas. Estas invenções não simbolizam, nem apenas modelam.

A luz de Caravaggio não é instrumental. Ela é pictórica. e apenas na pintura encontra as palavras que a explicam. e será através desta concepção moderna do seu ofício que o pintor vai procurar relacionar-se com as figuras da sua devoção.


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Autor

Carlos Vidal

Artista, crítico de arte e professor na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, onde lecciona Pintura, Composição, Estudos de Pintura, Crítica de Arte (Mestrado de Pintura), Temas da Arte Contemporânea (Mestrado de Pintura) e seminários de doutoramento. É doutorado em Belas-Artes/Pintura pela Universidade de Lisboa.

Como artista plástico, participou em algumas destacadas colectivas da década de 90 em Portugal: Imagens para os Anos 90 (Museu de Arte Contemporânea, Serralves, Porto e Culturgest Lisboa, 1993-94), Espectáculo, Disseminação, Deriva, Exílio: um Projecto em Torno de Guy Debord (Metalúrgica Alentejana, Beja, 1995), várias edições dos Encontros de Fotografia de Coimbra, entre outros eventos. Encontra-se representado em colecções particulares e institucionais públicas (Museu de Arte Contemporânea-Serralves, Porto; MEIAC, Badajoz; CAV, Coimbra, etc).

Colaborador de Lapiz (desde 1992 até ao desaparecimento da publicação) e de Exit (Madrid), colaborando também com outras publicações nacionais e estrangeiras. Publicou vários livros sobre arte e teoria estética, entre eles: Sombras Irredutíveis: Arte, Amor, Ciência e Política em Alain Badiou, 2005, Deus e Caravaggio, 2011, [esgotado], ambos Lisboa, Vendaval; Invisualidade da Pintura: Uma História de Giotto a Bruce Nauman, 2015; de Dios y Caravaggio saiu a segunda edição espanhola e uma edição inglesa God and Caravaggio, em Madrid, Editora Brumaria, 2016 e 2020; a mesma editora publicou também o estudo sobre Badiou e o trajecto de Giotto a Bruce Nauman (de que prepara segunda edição).

Entre várias participações em livros colectivos, destacam-se: o ensaio para Over Here: International Perspectives on Art and Culture, New Museum of Contemporary Art de Nova Iorque (The MIT Press, 2004, com 2ª edição em 2007) e prefácios para Badiou e Hal Foster.

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