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Diários do Exílio

Yannis Ritsos

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Sinopse

 «[...]os Diários são uma colecção de poemas curtos, divididos em três partes: Ritsos escreve as duas primeiras ao longo de quatro meses, de Outubro de 1948 a Janeiro de 1949, enquanto exilado no campo de reeducação de Limnos; escreve a terceira parte no ano seguinte, entre Janeiro e Junho de 1950, no campo de Makrónissos. É um diário (quase) quotidiano de impressões e descrições da vida do dia-a-dia num campo de prisioneiros. [...] O poeta abre assim a porta a uma nova dimensão do exílio: desde a espacialidade - isto é, do exílio geográfico nas ilhas à periferia da sociedade - até à temporalidade, perguntando-se qual é o seu papel neste período crucial para a Grécia.[...] De facto, a paisagem com os seus elementos naturais actua como uma caixa de ressonância para a tensão psicológica que emerge da prisão e do exílio. A paisagem física é transformada numa paisagem mental, muito longe das imagens idílicas do azul e do ensolarado Egeu.

[...]se, por um lado, o seu diário transcende a típica dimensão privada e individual para dar voz a todos os camaradas exilados juntamente com o poeta, por outro, Ritsos fala de uma colectividade inclusiva, que também envolve o leitor e o leva a «viver» o quotidiano do exílio na sua própria pele. O «nós», portanto, intersecta-se com o «tu» e cria uma rede de relações em que poeta, leitor e prisioneiros convergem naquele "n ó s" do penúltimo verso, carregado de responsabilidade cívica e, na verdade, de resistência.

Os Diários do Exílio de Yannis Ritsos oferecem uma perspectiva privilegiada: a figura pública do poeta desvanece-se nestes versos íntimos, escritos como um pequeno acto de resistência diária à angústia do exílio.»

 — Claudio Russelo

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Autor

Yannis Ritsos

Yannis Ritsos (em grego: Ιωάννης Ρίτσος; Monemvasia, 1 de maio de 1909 — Atenas, 11 de novembro de 1990) foi um poeta e tradutor grego. Yannis Ritsos é considerado um dos grandes poetas gregos do século XX. O poema 'Epitáfios' tornou-se um hino da esquerda grega na década de 1950, e a sua obra mais conhecida.

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