Detalhes do Produto
- Editora: Tinta da China
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- Ano: 2024
- ISBN: 9789896718954
- Número de páginas: 376
- Capa: Brochada
Sinopse
NOS 25 ANOS DO RECONHECIMENTO DA INDEPENDÊNCIA DE TIMOR-LESTE PELA INDONÉSIA: UMA LONGA CONVERSA ONDE ANA GOMES FAZ O COUNTDOWN DO INTENSO ANO DE 1999, QUE VIVEU COMO DIPLOMATA EM JACARTA.
Diplomata há 20 anos, Ana Gomes é enviada para Jacarta em 1999 com a missão de abrir uma secção de interesses, embrião da futura embaixada, quando Portugal e a Indonésia acreditam que as relações diplomáticas podem ser finalmente restabelecidas. A diplomata viveu esse louco e decisivo ano de forma arrebatada. O «logo» que vai repetindo nesta conversa, na urgência de tudo acontecer sem demora, imediatamente, espelha o seu carácter impulsivo e intuitivo. Quando «acabou» Jacarta, suspendeu a carreira e mudou de vida. «A seguir, qualquer outro posto seria um anticlímax.» Neste livro — que é uma síntese de 34 horas de conversa e 17 rondas de entrevistas conduzidas por Bárbara Reis entre 2022 e 2023 —, Ana Gomes deixa a História para os historiadores e conta só o que viveu, mostrando que a diplomacia é uma profissão que tem de servir um propósito: sobretudo num ano assim, que exigia uma diplomacia todo-o-terreno. «Um diplomata tem de estar preparado para falar e negociar com o inimigo. Como diplomata, estou preparada para falar com o diabo — sem perder a noção do que quero e de que ele é o diabo. Falei com quem era preciso falar. Como é que poderíamos ter feito o nosso trabalho em Jacarta, eu e os meus colegas, se partíssemos do princípio de que todos eram nossos inimigos? E se identificava alguém como «inimigo», tinha de o tentar trazer para um entendimento qualquer, nem que fosse para o neutralizar.» — Ana Gomes «Ana Gomes é uma diplomata que se conjuga a correr. À sua volta, tudo se passa sem demora, imediatamente, logo a seguir. […] Não haja equívoco: Ana Gomes é analítica, tem prudência q.b., planeia gestos estratégicos, faz cara de póquer e aparenta uma calma imperturbável para esconder a ebulição interior. Mas viveu o louco ano de 1999 em Jacarta de forma arrebatada.» — Bárbara Reis, Introdução «A luta dos timorenses pela autodeterminação, durante os tempos em que parecia uma causa desesperada e ao longo do próprio ano de 1999, teve uma capacidade muito especial de mobilizar o empenho de alguns notáveis indivíduos no seio de organizações não governamentais, da sociedade civil, da ONU e de governos e parlamentos — em particular em Portugal. Ninguém pode ler o relato da Ana e deixar de reconhecer que ela foi uma dessas pessoas.» — Ian Martin, Prefácio