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Sinopse

PREFACIO

Vivemos um momento da história da humanidade em que assistimos, simultaneamente, ao pleno reconhecimento da leitura como factor decisivo para o desenvolvimento individual e coesão social, mas também ao aparecimento de um tipo de leitor, de características ainda imprevisíveis, que nos alerta para a crescente responsabilidade dos diferentes mediadores de leitura - Família, Escola e outros agentes sociais - para uma intervenção que, necessariamente, se quer mais precoce, e que permita que a formação de leitores se faça de forma consistente, dada a maior complexificação e exigência que as competências literácitas vêm assumindo nos nossos dias.
Este reconhecimento não teria, no entanto, qualquer impacto se não fosse acompanhado do esforço e mérito dos investigadores e Universidades que procuram suporte científico para enquadrar a aquisição de comportamentos de leitura e, assim, possibilitar o desenho de modelos e práticas sustentadas de formação de leitores. É o caso deste conjunto de artigos que reflectem sobre as questões associadas a esta temática e. ainda, sobre o papel dos agentes responsáveis pelo desenvolvimento dos mecanismos subjacentes à aquisição da leitura e ao seu envolvimento nos respectivos processos.
Apropriando-nos das palavras-chaves do capítulo que dá nome ao livro - interacção e partilha - diríamos que estas se assumem como transversais, nos modelos dialógicos que sustentam a criação e desenvolvimento de hábitos de leitura, referidos nos diferentes capítulos, tanto no âmbito dos projectos de literacia familiar e/ou emergente, mas também na responsabilidade acrescida da escola no contexto actual. Palavras-chaves de que a biblioteca se sente parceira, no percurso colectivo e individual que a escola representa, pela centralidade que nestas matérias deve ocupar, mas também porque o seu espaço é ele próprio de partilha e interacção, consigo, com outras bibliotecas escolares, com a biblioteca pública.
A investigação nesta área proporciona aos mediadores de leitura, aquilo em que acreditamos: toda a prática se sustenta na reflexão e na teoria. Neste sentido, congratulamo-nos com o empenho e esforço que os investigadores têm realizado, designadamente todos os que dão corpo a este livro, consubstanciando, sem dúvida, mais um passo decisivo para que as nossas famílias, as escolas, as bibliotecas e o próprio poder político compreendam que a sociedade se desenvolve como os leitores, de raiz, de forma continuada e em interacção e partilha.
O leitor e a sua figura são filhos da ideia de liberdade, o seu nascimento é recente, decorre da modernidade. O seu trajecto, no entanto, já sofre grandes desafios, cujos contornos estamos agora a conhecer e sobre os quais reflectimos de forma acesa e discordante quanto ao seu futuro. Mas, é exactamente por isso que não duvidamos que fazer leitores é algo de que a sociedade não pode prescindir, pois o leitor será sempre o construtor da diferença.

MARTA TERESA CALÇADA
Rede de Bibliotecas Escolares

ÍNDICE

Prefácio

CAPITULO l - Dos leitores que temos aos leitores que queremos

CAPITULO 2 - Envolvimento parental na génese do desenvolvimento da literacia

CAPÍTULO 3 - Práticas de literacia familiar em idade pré-escolar

CAPÍTULO 4 - A escola e o gosto de ler. Da "obrigação" à "devoção".

CAPÍTULO 5 - Hábitos de leitura de filhos e de pais

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Autor(es)

Fernanda Leopoldina Viana

Psicóloga de formação, com mestrado e doutoramento em Psicologia da Educação pela Universidade do Minho. Professora Associada no Instituto de Educação da Universidade do Minho onde, para além da lecionação de diversas unidades curriculares, tem orientado estágios de Educadores de Infância e Professores do 1.º Ciclo do Ensino Básico. Tem coordenado vários projectos de investigação nas áreas do desenvolvimento da linguagem e da aprendizagem e promoção da leitura e orientado inúmeras teses de mestrado e de doutoramento na área da Psicologia e das Ciências da Educação. Foi membro da equipa do projeto Gulbenkian Casa da Leitura e do Conselho Científico do PNL. Foi membro da Comissão Nacional de Acompanhamento do PNEP – Programa Nacional para o Ensino do Português – 1.º Ciclo (2006-2010) e integrou a Comissão de Certificação de Manuais Escolares de Língua Portuguesa (2009-2010) para o 3.º e 4.º anos. É diretora adjunta do Centro de Investigação em Estudos da Criança e integrou a Comissão Diretiva do Doutoramento em Estudos da Criança do Instituto de Educação da Universidade do Minho. Recebeu 4 prémios de investigação por projetos e provas de leitura.

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Iolanda Ribeiro

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