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- Editora: Relógio d' Água
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- Ano: 2016
- ISBN: 9789896416676
Sinopse
«Como Hofmannsthal, Rilke é um produto da cultura do Império Austríaco, e um dos grandes
poetas da língua alemã. Mas, muito mais do que ele, veio a ser um dos mais influentes
poetas europeus do século, e alvo de um culto internacional que ainda hoje dura. Nasceu em
Praga, capital da Boémia, um dos reinos que compunham o estado dos Habsburgos, em 1875.
Fez estudos médios em dois sucessivos colégios militares (experiência que marcou a sua
sensibilidade para o resto da vida), e frequentou depois as universidades de Praga,
Munique e Berlim. Viajou na Itália, e, em 1899-1900, acompanhando Lou-Andreas Salomé (a
amiga de Nietzsche e de Mahler), fez duas viagens à Rússia. Desenhava-se o que seria o seu
estilo de vida: viagens, protecção mecenática (ou outra) de patronos (ou damas) e
admiradores principescos, uma peregrinação por castelos e palácios do Ancien Régime,
intercaladas por períodos de dificuldades, por parte de um homem que escolhera
deliberadamente a profissão de vate aristocrático e de correspondente de almas eleitas
(
) Esse período [de relativa esterilidade, 1908-11] foi interrompido bruscamente, na
atmosfera propícia do castelo de Duíno, no Adriático, cerca de Trieste, que lhe fora
emprestado, para as suas vigílias de génio, pela sua amiga e admiradora, a princesa de
Thurn e Taxis (de Novembro de 1911 a Maio de 1912), quando ouviu como que uma voz que lhe
ditava o começo da Primeira Elegia (Janeiro de 1912). As Elegias de Duíno, dez longos
poemas largamente conhecidos e traduzidos em várias línguas e em português também, só
foram completadas em 1922, dez anos mais tarde, noutro castelo menos luxuoso - Muzot, na
Suíça -, que veio a ser oferecido a Rilke. (
) Em 1919, estabeleceu-se na Suíça, onde, sem
regressar à Áustria ou à Alemanha, e com visitas a Paris e a Veneza, ficou até morrer de
leucemia em fins de 1926.» Jorge de Sena Rilke deixou uma vasta obra poética, desde o
Livro das Imagens (1902) e o Livro das Horas (1905) até às Elegias de Duíno e Os Sonetos a
Orfeu (1923). Nas suas narrativas em prosa destaca-se As Anotações de Malte Laurids Brigge
(1910).