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Ensaio Sobre as Liberdades

BookBuilders | Ensaio

Raymond Aron

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Sinopse

Aron, um dos pensadores europeus mais importantes do século XX, aborda num ensaio magistral a temática infindável das liberdades.

«O erro capital de Marx foi, dizíamos nós, acreditar, ou dizer que acreditava, que só uma revolução radical permitirá libertar o trabalhador, no duplo sentido de aumento do nível de vida e de participação na vida colectiva. O outro erro capital, não de Marx mas dos marxistas, foi extraírem de uma crítica justa uma consequência falsa. As liberdades pessoais ou os direitos subjectivos (políticos), a que Tocqueville se apegava apaixonadamente, não bastam para conferir um sentimento de liberdade e menos ainda uma liberdade efectiva de forjarem o seu destino aqueles que vivem miseravelmente de um salário nunca garantido. Esta crítica é justa, mas a consequência – as liberdades formais são um luxo de privilegiados – é falsa.»

Este ensaio é fruto de três conferências dadas na Universidade da Califórnia, em Abril de 1963, a convite da Comissão das Jefferson Lectures. O tema em questão, o problema da liberdade, foi sempre central na obra de Aron, e, nas palavras do próprio, é um tema «eterno e inesgotável».
A primeira conferência analisa a questão pondo em relação dois autores aparentemente com poucos pontos de contacto, Marx e Tocqueville. A segunda conferência aborda uma questão crucial, a liberdade formal e a liberdade real, assim como a sua aplicação em diversos regimes. A terceira conferência, por fim, trata da liberdade e da sua respectiva articulação com uma sociedade técnica, questão que nos nossos tempos ganhou uma importância renovada.

«Raymond Aron é a figura maior do liberalismo francês do século XX. Na linha de Montesquieu, Constant, Tocqueville ou Elie Havély, integra igualmente a escola francesa de sociologia política.» Nicolas Baverez

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Autor

Raymond Aron

Antes do tempo ou não, Raymond Aron teve razão no seu tempo e continua a tê-la hoje. A sua obra está na primeira linha da denúncia de todas as formas de totalitarismos. Filósofo, sociólogo, jornalista, professor e politólogo, Aron nasceu em 1905, em Paris, no seio de uma família de origem judaica, tornando-se conhecido pelo seu cepticismo em relação à esquerda francesa. Estudou na École Normale Supérieure, onde conheceu Jean-Paul Sartre, de quem se tornou amigo e, mais tarde, forte oponente intelectual. Foi colunista no Le Figaro e no L’Express, e lecionou em instituições como a Sorbonne e o Collège de France, tendo tido por alunos figuras como Pierre Bourdieu, André Glucksmann ou Henry Kissinger. Publicou diversos livros influentes que consolidaram a sua posição de autoridade intelectual entre os conservadores franceses. Pensador de invulgar argúcia, é um dos grandes intelectuais do século XX, e autor de vasta obra da qual se destaca O Ópio dos Intelectuais (1957), um conhecido ataque contra Sartre, o marxismo e a intelectualidade francesa, desintoxicando o pensamento unilateral da esquerda e a denegação dos intelectuais marxista face à brutal repressão do comunismo. Em 1977, vítima de uma embolia, repensa a sua vida e decide então escrever suas memórias. Morre em 1983.

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