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Sinopse

O estado de excepção, ou seja, a suspensão do ordenamento jurídico que estamos habituados a considerar uma medida provisória e extraordinária, começa agora a tornar-se o paradigma normal de governação, o que determina cada vez mais a política dos Estados, seja interna ou externa. Este texto de Agamben é uma primeira tentativa para apresentar uma sintética reconstrução histórica e, em simultâneo, analisar as razões desta evolução, desde Hitler a Guantanamo. Quando o estado de excepção tende a confundir-se com a regra, as instituições e o equilíbrio das constituições democráticas deixam de poder funcionar, parecendo até diluir-se os limites entre democracia e absolutismo. Nesta terra de ninguém entre a política e o direito, entre o ordenamento jurídico e a vida, Agamben analisa uma a uma as teorizações jurídicas do estado de excepção e projecta uma nova luz sobre as relações que ligam violência e direito.

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Autor

Giorgio Agamben

Filósofo italiano, GIORGIO AGAMBEN nasceu em Roma em 1942. Formado em Direito, com uma tese sobre o pensamento político de Simone Weil, é responsável pela edição italiana da obra de Walter Benjamin. Foi visiting professor na Università di Verona e na New York University, antes de renunciar entrar nos Estados Unidos da América, em protesto contra a política de segurança do anterior governo norte-americano. Actualmente lecciona Estética e Filosofia Teorética na Università IUAV em Veneza. A sua produção centra-se nas relações entre a filosofia, a literatura, a poesia e, fundamentalmente, a política. Entre os seus ensaios filosóficos contam-se Bartleby, la fortuna della criazone (1993), escrito com Gilles Deleuze, Homo sacer (1995), Mezzi senza fine. Note sulla politica (1996), Quel che resta di Auschwitz. L’archivio e il testimone (1998), Il tempo che resta. Un commento alla «Lettera ai Romani» (2000), La communitá che viene (1990, 2001) e L’aperto. L’uomo e l’animale.

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