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Fernão Mendes Pinto no Japão

Wenceslau de Moraes

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Detalhes do Produto

Sinopse

«Referindo-me agora particularmente a Mendes Pinto, assalta-me o desejo irresistível de abraçá-lo... em espírito, como a um irmão, um irmão mais velho na boémia da vida e nos baldões da sorte, e de bradar-lhe, consolando-o: - Não, meu querido Fernão. Sossega. Tu não foste um mau homem, quero dizer, tu não foste, no caso menos favorável para a salvação da tua alminha, pior do que os outros homens. O que tu foste, para a tua época, foste um notabilíssimo escritor e um maravilhoso impressionista, além de um traficante de pouca habilidade e de um aventureiro incorrigível. A sem-cerimónia, com que contas tanta soma de torpezas e os próprios pecadilhos, mais vem talvez abrilhantar as tuas raras qualidades de narrador, que diz tudo que vê, tudo que sabe, tudo que pensa.»

Wenceslau de Moraes

 

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Autor

Wenceslau de Moraes

Wenceslau José de Sousa Moraes nasceu a 30 de maio de 1854, em Lisboa. Foi oficial da marinha, mas a sua grande propensão era escrever. Em 1888 chega a Macau e aí teve uma relação com uma chinesa, da qual nasceram dois filhos. Numa comissão de serviço, em 1889, foi ao Japão e ficou sensibilizado com a exuberância da paisagem, da arte, do apurado sentido da dignidade e da honra, do seu culto e da delicadeza das mulheres. Mais tarde, em 1898, instala-se na cidade japonesa de Kobe como cônsul de Portugal, onde contrai matrimónio com uma formosa gueixa, O-Yoné, tendo sido ela, talvez, a responsável pela sua entrega à escrita e à descrição do Japão. Mas O-Yoné, de saúde débil, faleceu e o desgosto do escritor foi imenso. Em Kobe viveu 33 anos, até ao seu falecimento. A par da sua atividade diplomática intensa, que exerceu por 15 anos, estudou a civilização japonesa para melhor compreender o que via e experimentava, tornando-se a grande fonte de informação portuguesa sobre o Oriente e partilhando com os leitores nacionais experiências íntimas do quotidiano japonês, como se fosse natural do país. Em 1964, Kobe erigiu-lhe um busto. Na década de 1990, livros escolares reproduziam ainda o retrato e alguns textos seus. Uma grande editora japonesa editou, em 1969, as obras completas de Wenceslau de Moraes, que rapidamente esgotaram. Alguns livros do autor: Traços do Extremo Oriente, Dai-Nippon, Cartas do Japão, O Culto do Chá, A Vida Japonesa, Relance da História do Japão, Serões no Japão e Relance da Alma Japonesa. É o único português a quem os japoneses dos dois sexos rezam sutras, na festa dos mortos, Bon-Odori, que o escritor tão bem descreve num dos seus livros. Faleceu a 1 de julho de 1929, em Tokushima, aos 75 anos.

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