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Sinopse

O nacionalismo em Portugal, difuso e coeso durante a consolidação do Estado Novo, é abalado pelo eclodir da Segunda Guerra Mundial e o seu desfecho. Apesar disso, há uma jovem geração que se radicaliza graças a Alfredo Pimenta, polémico intelectual que se solidariza com o fascismo e o nacional-socialismo, considerado um mestre para esta direita radical. O ponto de encontro desta área que se coloca ao lado dos derrotados é o semanário A Nação, dirigido por José O’Neill, ao qual se seguirá o quinzenário Mensagem, animado pelos jovens neofascistas da Universidade de Coimbra e dirigido por Caetano de Melo Beirão. Pela análise destas publicações e a influência e colaboração de Alfredo Pimenta, encontramos nestas «Páginas Ultras» a resposta à questão: quem que estava mais à direita do Estado Novo nos anos 40 e 50?

Autor

Riccardo Marchi

Riccardo Marchi é investigador do Centro de Estudos Internacionais (CEI-IUL), professor convidado do ISCTE-IUL e coordenador, para Portugal, da rede académica transnacional Direitas, História e Memória. A sua área de investigação é o radicalismo de direita, em termos de pensamento político, partidos, movimentos. É especialista em direitas radicais portuguesas, sobre as quais publicou várias obras de história política.