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Herança de Lágrimas

Ana Plácido

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Sinopse

Diana de Sepúlveda vive um casamento sólido com um homem mais velho, a quem vê quase como um pai. O avassalador aparecimento na sua vida de Nuno, um jovem poeta, precipitará Diana numa abissal visita ao passado obscuro da sua própria família. A descoberta do segredo da geração que a antecede vai determinar o modo como lidará com a eventualidade de um novo amor.

Sob o pseudónimo masculino de Lopo de Sousa, onze anos depois de ter sido presa por adultério devido à sua ligação com Camilo Castelo Branco, Ana Plácido escreveu este apaixonante romance.

Usando a voz epistolar da protagonista na primeira parte e, na segunda, recorrendo a um narrador na terceira pessoa, sem nunca perder a estrutura do enredo — revelando um grande domínio das técnicas narrativas —, a escritora desenvolve um estudo sobre os temas do casamento forçado, da infidelidade conjugal e das suas consequências à luz da dualidade de valores com que a hipocrisia social da segunda metade do século XIX julgava moralmente os dois sexos. A entrega do corpo da mulher ao marido era vista como um dever, ao passo que a separação era considerada uma infâmia, que prejudicava as mulheres quanto aos seus desejos, aos seus direitos e à disposição dos seus bens, ferindo-lhes a dignidade, cerceando-lhes a liberdade e mesmo a sobrevivência, e impossibilitando-lhes a construção de um futuro sem o homem.

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Autor

Ana Plácido

A escritora Ana Plácido (Ana Augusta Vieira Plácido) nasceu no Porto em 1831 e morreu em São Miguel de Seide (Vila Nova de Famalicão) em 1895. A sua carreira literária regista romances, poemas, críticas literárias, traduções, adaptações e correspondência, sendo os seus textos muitas vezes assinados com nomes masculinos; Gastão Vidal de Negreiros e Lopo de Sousa são os seus pseudónimos mais conhecidos. No plano pessoal, Ana Plácido ficou notabilizada por ter sido mulher do escritor Camilo Castelo Branco.

Algumas das publicações que contaram com a colaboração de Ana Plácido: "A Esperança – Semanário de Recreio Literário", "Revista Contemporânea de Portugal e Brasil", "O Ateneu", "O Civilizador", "Diário Ilustrado", "O Leme", "O Nacional".

Em 1863 publicou o seu primeiro romance, "Luz Coada por Ferros", uma obra em tom amargo, onde Plácido recorda o tempo em que esteve presa na Cadeia da Relação do Porto por adultério, em virtude da sua relação com Castelo Branco. Na dedicatória à memória da irmã Maria José, escreveu:

[…] «Grande parte destes escritos nasceram na calamitosa época do cárcere e do escárnio dos meus algozes, nunca saciados das torturas que me infligiram. Dedicar-te-hei, pois, estas páginas, onde por vezes aparece o teu nome como a estrela da manhã, rompendo a custo das sombras pesadas da noite: é um dever sagrado. Foste a minha única amiga neste mundo: não conheci afeição mais verdadeira.» […]

Em 1871, já a viver na Quinta de São Miguel de Seide (onde hoje funciona a casa-museu dedicada a Camilo), publicou o romance "Herança de Lágrimas" (Sibila Publicações, 2019). Sob o pseudónimo de Gastão Vidal de Negreiros, começou a publicar na "Gazeta Literária do Porto" o romance "Regina", que ficou inacabado.

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