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Sinopse

Nos últimos duzentos anos, o panorama cultural português sofreu acentuadas mutações. O colapso do sistema mecenático da corte do Antigo Regime coexistiu com as primeiras explosões da imprensa livre e com uma intensa disputa política. O triunfo do liberalismo significou a consolidação de novas formas de difusão e expressão cultural, combinadas com o auge do romantismo oitocentista e com um relevante processo de secularização. A viragem do século pautou-se pela combinação do nacionalismo emergente com novos meios técnicos, como a fotografia, a rádio e o cinema, instrumentos da evolução em direção à cultura de massas, num cenário onde ainda persistia o analfabetismo. Mas o pluralismo dará lugar, no contexto autoritário do colapso do liberalismo, ao peso da censura na expressão artística e literária, e aos esforços para produzir uma cultura oficial e colonial do novo regime. A repressão…

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Autor(es)

António Costa Pinto

Investigador Coordenador no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e Professor Convidado no ISCTE-IUL. Doutorado pelo Instituto Universitário Europeu, foi Professor visitante nas Universidades de Stanford (1993), de Georgetown (2004) e do Instituto de Estudos Políticos (Paris) (1999-2003), e Investigador visitante nas Universidades de Princeton (1996) e da Califórnia-Berkeley (2000 e 2010). Foi presidente da Associação Portuguesa de…

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Nuno Gonçalo Monteiro

Nuno Gonçalo Monteiro é investigador, coordenador do Instituto de Ciências Sociais e docente na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. A sua área de investigação preferencial é a história social e política do Antigo Regime e do primeiro liberalismo. Entre mais de duzentos e cinquenta títulos, é autor de O Crepúsculo dos Grandes (2.ª ed., 2003), Elites e Poder (3.ª ed., 2012), coautor da História de Portugal (11. ª ed., 2021), co-coordenador de Um reino e suas…

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