Partilhar

História Universal da Pulhice Humana

José Vilhena

Em Stock



Desconto: 10%
14,31 € 15,90 €

Detalhes do Produto

Sinopse

José Vilhena é reconhecido como o maior humorista português do século XX. A sua produção literária distribuída por mais de uma centena de livros, largas centenas de revistas, antologias, jornais e outras publicações marcou várias gerações de portugueses desde finais dos anos 50 até aos anos 90.

 A sua obra divide-se entre a escrita, a ilustração, a aguarela e pintura, caricatura, cartoon, colagem e montagem.

«A ignorância, que foi desde tempos imemoriais a mais poderosa arma das forças do mal (J. J. Rousseau), tem hoje ao seu serviço uma multidão de colaboradores, recrutados entre os mais sinistros reflexos do engenho humano. Basta citar ao acaso, a RTP, o cinema nacional, o “Diário de Notícias”, o Salão de Inverno, os folhetins Tide, os cursos de adultos e os serões para trabalhadores, para se fazer uma ideia “de como é grande e alterosa a tormenta em que navegamos e pequena a esperança de encontrar porto de salvação” (História Trágico-Marítima).  

Apesar de cépticos e descrentes nos destinos da humanidade, decidimos porém não te abandonar, amigo leitor, às lágrimas, ao desespero e à bicharada. Assim, vamos fazer os possíveis para te transformar num perfeito cínico, num homúnculo sem entranhas, capaz de cavalgar a tudo e a todos e de cometer toda a espécie de sacrilégios, de pecados veniais, mortais e dos que bradam aos céus.

Só assim ficarás decentemente arrumado entre os teus Maiores que fizeram a História e deram novos mundos ao mundo... Só assim poderás olhar de frente para o futuro, porque três coisas são certas: a pouca vergonha continua, a conta na mercearia terá tendência para subir e a tua calvice será cada dia mais visível.» 

Ler mais

Autor

José Vilhena

José Vilhena foi, provavelmente, o maior humorista português do século XX. O que poucos sabem é que, para além de tal, era um escritor como poucos!

"Folhear a produção de José Vilhena, em especial nesses anos de luz e chumbo, leva-nos a pensar que [...] os historiadores contemporâneos não valorizaram suficientemente a contribuição aguda do humor e da sátira para novas leituras da vida nacional, e que algum trabalho precisa ainda de ser feito pela academia para que tal integração recolha crédito. " Vasco Rosa in «Observador»

«Autobiografia

Vilhena nasceu em 1927, teve sarampo e todas as outras doenças peculiares nas crianças a quem a providência divina não ligou grande importância. No liceu foi perseguido pelos professores que o chumbaram sempre que puderam. Na Escola de Belas Artes foi um incompreendido. Tragédias sobre tragédias vão-se acumulando como nuvens no céu da sua vida. Aos 20 anos teve uma pneumonia. Aos 21 uma loira. Aos 23 foi chamado a cumprir o serviço militar. Aos 24 conhece uma daquelas mulheres que põem o juízo em água ao mais «sabido». Aos 25 é obrigado a trabalhar numa casa que traficava vinhos. Aí adquiriu uma inclinação muito acentuada para a bebida. Aos 26 vários dramas sentimentais (a carne entra também no sentimentalismo dele) tornam-no um descrente na humanidade, principalmente na parte feminina da humanidade. Aos 27 publica o seu primeiro livro (Este mundo e outro) e é apedrejado pela crítica de alguns jornais. Aos 28 tem uma paixão dupla (fenómeno raríssimo) isto é: apaixona-se por duas mulheres simultaneamente. Aos 29 publica o seu 2.º livro (Pascoal). Aos 30 conhece uma morena. Esta última tragédia assume proporções tão catastróficas que alguns amigos admitem ser o ponto final de uma vida inteiramente dedicada às artes e à contemplação da natureza (ou melhor – de certos espécimes da natureza). - José Vilhena, 1958.»

Escritor, pintor, cartoonista e humorista, Vilhena encantou, divertiu e escandalizou gerações de portugueses ao longo de mais de 50 anos de carreira.

Ler mais