A história dramática do vizir e amigo dilecto de Al-MuTamid, contada pelos versos do
próprio Ibn Ammâr, comentados por dois especialistas da poesia do grande poeta de
Estômbar.
Adalberto Alves deve ser dos poucos que, chegados ao Outono da sua vida, sabem que dentro de si arde uma chama de perpétua juventude, a conquista de se ter caminhado a si próprio. Chama que no seu olhar expressa-se com ser melancolia e compreensão, a de quem se reconciliou, depois de uma vida de combates, com o severo olhar do Tempo, pai de todos os deuses... Incansável viajante, árabe de coração e, quem sabe nas suas lembranças,... Enamorado, como todo o místico, dos resplendores da sua própria alma. Na sabedoria dos eremitas do deserto — ou dos morábitos do Portugal islâmico — ou nas entrelinhas do discurso de Krishnamurti, no qual desaparecem Amante e Amado, mestre e discípulo, ficando o homem desnudo envolto pelo silêncio.