Sinopse
Este é um objecto precioso que queremos muito partilhar. Porque é uma Conversa ao Vivo, num tempo de conversas mediadas. Uma Conversa como um álbum que se compra para repetir em casa, vezes sem conta, a experiência de um concerto inesquecível. Porque esta Conversa ciranda à volta do amor na sua forma mais inocente e no entanto íntima, sem agendas, sem planos médicos ou educativos, sem preocupações etárias ou éticas, orientações sexuais ou outras, tomando todos os partidos, assumindo contradições, confundindo o que se sente quando tudo se sente com o que não se consegue sentir. Porque trocar ideias, literaturas e chatices com o melhor amigo é tão antigo como a invenção da roda. Tão antigo como abrir uma garrafa de vinho e partilhar o último bocado de pão e queijo que ainda se tem na despensa. Tao antigo como o estatelanço magnânimo quando nos atiramos de braços abertos para a pessoa errada, ou a genialidade do momento perfeito que não arde nem dura mas conta com a ajuda dos deuses e dos poetas de pena arada para fazer História nas nossas biografias. Porque tagarelar não é só uma arte que nos mantem vivos e nos confirma que nos amamos com regularidade sem precisarmos de anéis, contratos ou presentes. É ́também um verbo que se conjuga com muita dificuldade no condicional. Já atentaram? Dá um animado começo de conversa.
- Patrícia Portela
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