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John Nash: Arquitectura Urbana

Domingos Tavares

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Sinopse

Na transição do clássico para o romântico John Nash, com o entendimento pragmático e oportunista da vida, estendeu a sua acção até onde as circunstâncias lhe proporcionaram ganhos emotivos e sociais. Sem qualquer nostalgia no plano pessoal, extraiu do prazer da vida os argumentos para a enorme diversidade da sua arquitectura, desde as casas de campo nos ambientes bucólicos das paisagens criadas pelo ardor inventivo dos paladinos do paisagismo, até à montagem do cenário clássico no traçado da elegante nova Londres. Foi esta faceta que interessou aos estudiosos do urbanismo contemporâneo, tomando-o como referente do movimento que se intensificou no início do século XIX.
Nash correspondeu com competência e sabedoria às exigências de cada situação, afastando-se dos caminhos considerados como a base da acção de qualquer arquitecto. Serviu uma numerosa clientela de senhores da aristocracia rural e urbana, apaziguando-lhes o sentimento de perda com recurso à imaginação criadora, sem nunca comprometer os seus próprios anseios de lucro material.
John Nash poderia ser considerado o último arquitecto do ciclo clássico europeu se o seu revivalismo não fosse apenas um instrumento de circunstância para conferir densidade formal ao traçado urbano, nos seus projectos para a expansão de Londres. O particular significado das suas propostas foi o de integrar os instrumentos desenvolvidos pela primeira geração dos paisagistas pitorescos com a prática intuída na própria história do país, para gerar uma nova experiência de pensar a cidade.

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Autor

Domingos Tavares

Domingos Tavares (Ovar, 1939) é arquitecto e Professor Emérito da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, onde ensinou desde 1985 a disciplina que deu origem às Sebentas de História da Arquitectura Moderna publicadas pela Dafne Editora desde 2003. É autor de livros como Da Rua Formosa à Firmeza (FAUP, 1985), António Correia da Silva, arquitecto municipal (Dafne, 2016), Transformações na arquitectura portuense (Dafne, 2017), Arquitecto Oliveira Ferreira (Dafne, 2021) e Fernando Távora em Aveiro (Dafne, 2022).

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