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Detalhes do Produto

Sinopse

O que contém este livro?

Este é um livro de duas recusas. Recusa do amor físico, uma; recusa do trabalho, a outra.

José Matias, admirável e bizarro conto de Eça de Queiroz, publicado em 1897, narra um anacrónico e aberrante caso de amor platónico.

Bartleby, admirável e bizarro conto de Herman Melville, publicado em 1853, narra um anacrónico e aberrante caso de recusa do trabalho.

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Autor(es)

Eça de Queirós

José Maria Eça de Queirós, conhecido como Eça de Queirós ou Eça de Queiroz, (1845-1900). Um dos maiores escritores portugueses de toda a história e considerado o melhor realista português do século XIX. Em 1871, com a colaboração de Ramalho Ortigão, escreveu a novela policial "O Mistério da Estrada de Sintra". Em 1871, Eça de Queirós proferiu em conferência o tema "O Realismo Como Nova Expressão de Arte", no Cassino de Lisboa. Em 1875, publica o romance "O Crime do Padre Amaro", marco inicial do Realismo em Portugal, onde fez uma crítica violenta da vida social portuguesa, denunciando a corrupção do clero e a hipocrisia dos valores burgueses. A crítica social unida à análise psicológica apareceria também no romance "O Primo Basílio", publicado em 1878, em "Mandarim", de 1880, e em "Relíquia", de 1887. Em 1888, foi nomeado cônsul em Paris, ano em que publica "Os Maias", considerado como a sua obra-prima. No romance observou-se uma mudança na atitude irreverente de Eça de Queirós, deixando-se transparecer os mistérios do destino e as inquietações do sentimento, as apreensões da consciência e os desequilíbrios da sensualidade. Surgia então uma nova fase literária, em que Eça deixava transparecer uma descrença no progresso. A partir de então, passou a manifestar a valorização das virtudes nacionais e a saudade da vida no campo, principalmente retratados nos romances "A Ilustre Casa de Ramires" e "A Cidade e as Serras", no conto "Suave Milagre" e em diversas biografias religiosas.

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Herman Melville

HERMAN MELVILLE nasceu a 1 de Agosto de 1819 em Nova Iorque. Foi o terceiro de oito filhos de Allan e Maria Melvill, nascido numa prestigiada família de ascendência escocesa. O pai tinha um negócio de importação que, apesar de próspera, não era suficiente para acompanhar o estilo de vida a que se entregava nem as dívidas que contraiu para o sustentar. A sua morte, em 1832, deixou a família numa situação financeira ainda mais precária e teve um impacto profundo na juventude de Melville. Aos 12 anos começou a trabalhar como bancário no New York State Bank, o primeiro de vários empregos que teve para ajudar a sustentar a numerosa família. Aos 18 anos, depois de frequentar, intermitentemente e enquanto trabalhava, o curso de Latim, Melville embarca no navio mercante St. Lawrence como ajudante e, dois anos depois, junta-se à tripulação do baleeiro Acushnet, de que deserta quando este chega às ilhas Marquesas para viver com os nativos, uma experiência que descreverá no seu livro Typee, de 1846. Ainda em 1841, a bordo do baleeiro Lucy Ann, Melville tomou parte num motim de tripulantes que o levou à cadeia, no Taiti, de onde conseguiu fugir pouco depois. O relato desta experiência, deixa-o em Omoo, publicado em 1847. Estes dois livros foram êxitos de vendas e da crítica em Inglaterra e nos Estados Unidos e Melville tornou-se um reconhecido escritor e aventureiro. Em 1847, casou com Elizabeth Shaw, com quem teve quatro filhos e, em 1849, publicou Redburn, romance semiautobiográfico onde descreve os últimos dias do pai. Em 1851 é publicado aquele que hoje conhecemos como o mais importante e ambicioso romance americano, a obra-prima Moby Dick, na altura publicada sob o título The Whale, dedicado ao amigo e escritor Nathaniel Hawthorne. A receção e as vendas desastrosas deste livro ditaram o declínio do escritor nas décadas seguintes. Em 1856, publicou The Piazza Tales, uma coletânea de seis contos anteriormente publicados na Putnam’s Monthly Magazine, entre os quais se encontra Bartleby, o Escrivão, apontado como um dos melhores contos jamais escritos. À data da sua morte, a 28 de setembro de 1891, Melville era considerado um vulto menor das letras americanas, cuja obra se encontrava praticamente fora de circulação. O reconhecimento da importância de Melville, romancista, poeta e escritor, para a literatura americana e mundial chegaria apenas no século XX, em 1919, por ocasião da celebração do centenário do seu nascimento.


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