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José Régio e Luís Amaro – Correspondência (1943-1969)

Ernesto Rodrigues

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Sinopse

Esta correspondência mostra como se organiza a bibliografia de José Régio em dois períodos: 1943-1946, 1953-1969. A interlocução com a Portugália Editora faz-se, sobretudo, através de Luís Amaro, a quem remete 331 missivas (incluindo telegramas). A admiração deste pelo Poeta vira dedicação não só editorial, mas retrato de duas almas em crescentes confidências. Anotações dispersas iluminam outros autores e avivam o quadro literário da época. No «silêncio perfeito» que o poeta deseja, generoso, elegante, sabem as figuras maiores das nossas letras, e os lusófilos, quanto devem a Francisco Luís Amaro, durante mais de setenta anos. José Régio seria o seu principal correspondente.

***

13/06/1969

QUERIDO AMIGO: Escrevo-lhe de Vila do Conde, aonde vim passar uma semana porque arranjei boleia e amanhã regresso a Portalegre. Não sei por quanto tempo. Devido a terem, finalmente, principiado as obras definitivas na minha “Casa-Museu” de Portalegre, vivo agora entre aquela cidade (“...Portalegre, cidade / Do Alto Alentejo”...) e a minha vila natal. Isto me traz mais ocupado que nunca, e justifica a demora em lhe reenviar as provas das

Três Peças.

11 set.o 1969

MEU QUERIDO AMIGO: [...] Hoje tenho a satisfação de lhe enviar o primeiro exemplar da Biografia (um dos seus melhores livros, quanto a mim). Falta só a cinta, de que ontem vi uma prova – a 2.a, pois a 1.a viera na minha ausência e fôra alterada nos tipos –, com a frase do Pessoa: “Considero José Régio, em todos os sentidos, primus inter pares.”

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Autor

Ernesto Rodrigues

Ernesto José Rodrigues (Torre de Dona Chama, 1956) é poeta, ficcionista, dramaturgo, cronista, diarista, crítico, ensaísta, editor literário, antologiador, tradutor de húngaro. Aposentado da Universidade de Lisboa, eis últimos títulos: romances – Uma Bondade Perfeita, 2016 (Prémio PEN Clube); Um Passado Imprevisível, 2018; A Terceira Margem, 2021; Liliputine, 2023; O Bom Governo, 2024; contos e novelas – Cruzeiro Literário; 2024; poesia – Perseu, 2020; teatro – Teatro, 2021; ensaio – Literatura Europeia e das Américas, 2019; Mágico Folhetim. Literatura e Jornalismo em Portugal / Crónica Jornalística. Século XIX; Hungarica; Cultura Literária Oitocentista, 2022; «A Queda Dum Anjo» e Novas Páginas Camilianas; Ensaios de Cultura, 2023.

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