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Detalhes do Produto

Sinopse

José Ruy é um dos mais reconhecidos e importantes autores da banda desenhada portuguesa, com vastíssima obra produzida.

Estas suas Lendas Japonesas baseiam-se em diversas lendas dispersas pela obra de Wenceslau de Moraes, autor de vários livros sobre assuntos ligados ao Oriente, em especial o Japão, onde viveu por 33 anos. A elas José Ruy dedicou especial carinho e atenção desde a sua criação, em 1949, para as páginas d’O Papagaio .

Tal como Moraes, José Ruy é um excelente narrador. Os seus dotes naturais contam com vivacidade, ternura, poesia e também um certo dramatismo, onze deliciosas lendas tradicionais nipónicas, realçando temas como a alma japonesa, o budismo, o amor, a arquitectura religiosa, alguns coloridos exotismos ou a fantástica paisagem do país. Em cada lenda deste livro há sempre uma chamada de atenção, uma perspicácia ou um erro humano posto a descoberto, mas há também aquelas emoções vulgares de que a vida normalmente se alimenta.


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Autor(es)

José Ruy

José Ruy nasceu na Amadora, em maio de 1930.

Cursou Artes Gráficas e habilitação a Belas Artes na Escola António Arroio, onde foi discípulo do Mestre Rodrigues Alves, e dos pintores Costa Mota, Trindade Chagas e Júlio Santos. Iniciou-se como autor de textos e desenhos com 14 anos, tendo publicados 85 álbuns, 54 dos quais em Banda Desenhada, com destaque para: Aristides de Sousa Mendes; Peter café Sport e o Vulcão do Faial; A Ilha do Futuro; Fernão Mendes Pinto e a sua Peregrinação; Carolina Beatriz Ângelo – Pioneira no Voto e na Cirurgia; Os Lusíadas e João de Deus – A Magia das Letras, estes também com edição em mirandês.

Tem colaborado em muitos jornais e revistas, nomeadamente em «Cavaleiro Andante» e «O Mosquito», tendo editado e dirigido uma 2.ª série desta publicação. O rigor na investigação e qualidade dos seus trabalhos tem sido apreciada em todo o país. Foram-lhe atribuídos 27 prémios. Expôs com sucesso em vários países da Europa, na China, no Japão e no Brasil.

Primeiro autor a ser galardoado com o Prémio de Honra do Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora, em 1990. No ano seguinte foi distinguido com a Medalha Municipal de Ouro de Mérito e Dedicação da sua cidade natal, onde o seu nome está atribuído a uma escola e a uma avenida. Referenciado no «Dictionnaire mondial de la bande dessiné, Larousse» edição de 1998, e com destaque no «Larousse de la BD» em 2004.


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Wenceslau de Moraes

Wenceslau José de Sousa Moraes nasceu a 30 de maio de 1854, em Lisboa. Foi oficial da marinha, mas a sua grande propensão era escrever. Em 1888 chega a Macau e aí teve uma relação com uma chinesa, da qual nasceram dois filhos. Numa comissão de serviço, em 1889, foi ao Japão e ficou sensibilizado com a exuberância da paisagem, da arte, do apurado sentido da dignidade e da honra, do seu culto e da delicadeza das mulheres. Mais tarde, em 1898, instala-se na cidade japonesa de Kobe como cônsul de Portugal, onde contrai matrimónio com uma formosa gueixa, O-Yoné, tendo sido ela, talvez, a responsável pela sua entrega à escrita e à descrição do Japão. Mas O-Yoné, de saúde débil, faleceu e o desgosto do escritor foi imenso. Em Kobe viveu 33 anos, até ao seu falecimento. A par da sua atividade diplomática intensa, que exerceu por 15 anos, estudou a civilização japonesa para melhor compreender o que via e experimentava, tornando-se a grande fonte de informação portuguesa sobre o Oriente e partilhando com os leitores nacionais experiências íntimas do quotidiano japonês, como se fosse natural do país. Em 1964, Kobe erigiu-lhe um busto. Na década de 1990, livros escolares reproduziam ainda o retrato e alguns textos seus. Uma grande editora japonesa editou, em 1969, as obras completas de Wenceslau de Moraes, que rapidamente esgotaram. Alguns livros do autor: Traços do Extremo Oriente, Dai-Nippon, Cartas do Japão, O Culto do Chá, A Vida Japonesa, Relance da História do Japão, Serões no Japão e Relance da Alma Japonesa. É o único português a quem os japoneses dos dois sexos rezam sutras, na festa dos mortos, Bon-Odori, que o escritor tão bem descreve num dos seus livros. Faleceu a 1 de julho de 1929, em Tokushima, aos 75 anos.

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