Detalhes do Produto
- Editora: Faktoria K de Livros
- Categorias:
- Ano: 2020
- ISBN: 9789895434053
- Número de páginas: 240
- Capa: Brochado
Sinopse
Durante o dia, liam para aprender, e o livro era o repositório do saber. Alguns liam até, de forma metódica, dicionários ou enciclopédias. Este tipo de leitura, ligado à instrução, coadunava-se com a ética que valorizava «a utilidade», pelo menos aparentemente.
No entanto, quando a noite caía, chegava o momento de uma outra leitura, discreta, transgressora, facto que lhe conferia todo o seu encanto. Dessa leitura, que alguns diziam ser a «verdadeira» leitura, outros hesitavam em falar, por ser demasiado íntima. Aí, já não havia dicionários nem utilidade. Liam romances, sagas, poemas, biografias, policiais ou histórias de aventuras, para escaparem ao confronto com a realidade, para se evadirem…
Este livro é uma apologia. Para que a literatura, oral e escrita, e a arte sob todas as suas formas tenham um lugar na vida de todos os dias, em particular na das crianças e dos adolescentes. Nasceu de uma revolta contra o facto de se estar cada vez mais obrigado, se se defende as artes e as letras (ou as ciências, também), a fornecer provas da sua rentabilidade imediata, como se essa fosse a sua única razão de ser.
Ao longo das múltiplas intervenções feitas perante bibliotecários, professores, promotores da leitura ou alunos que se preparam para tais funções, Michèle Petit foi levada a responder – sem nostalgia nem receio face às revoluções da comunicação – a estas questões simples e actuais: para que serve ler, porquê ler hoje, porque devemos incitar as crianças a fazê-lo? Quais são os fundamentos da importância da literatura, mas também, de forma mais genérica, da transmissão cultural?
Como transmitir o gosto da leitura e o das práticas artísticas?
A utilidade do inútil, de Nuccio Ordine, e a Gramática da Fantasia, de Gianni Rodari inauguraram a Ágora K, uma colecção que pretende ser um fórum de discussão de ideias em torno de temáticas contemporâneas de diferentes áreas.
A estes dois títulos juntou-se posteriormente A cidade das crianças de Tonucci e agora o Ler o Mundo de Michèle Petit.
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