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Sinopse

Durante o dia, liam para aprender, e o livro era o repositório do saber. Alguns liam até, de forma metódica, dicionários ou enciclopédias. Este tipo de leitura, ligado à instrução, coadunava-se com a ética que valorizava «a utilidade», pelo menos aparentemente. 

No entanto, quando a noite caía, chegava o momento de uma outra leitura, discreta, transgressora, facto que lhe conferia todo o seu encanto. Dessa leitura, que alguns diziam ser a «verdadeira» leitura, outros hesitavam em falar, por ser demasiado íntima. Aí, já não havia dicionários nem utilidade. Liam romances, sagas, poemas, biografias, policiais ou histórias de aventuras, para escaparem ao confronto com a realidade, para se evadirem… 

Este livro é uma apologia. Para que a literatura, oral e escrita, e a arte sob todas as suas formas tenham um lugar na vida de todos os dias, em particular na das crianças e dos adolescentes. Nasceu de uma revolta contra o facto de se estar cada vez mais obrigado, se se defende as artes e as letras (ou as ciências, também), a fornecer provas da sua rentabilidade imediata, como se essa fosse a sua única razão de ser. 

Ao longo das múltiplas intervenções feitas perante bibliotecários, professores, promotores da leitura ou alunos que se preparam para tais funções, Michèle Petit foi levada a responder – sem nostalgia nem receio face às revoluções da comunicação – a estas questões simples e actuais: para que serve ler, porquê ler hoje, porque devemos incitar as crianças a fazê-lo? Quais são os fundamentos da importância da literatura, mas também, de forma mais genérica, da transmissão cultural? 

Como transmitir o gosto da leitura e o das práticas artísticas?

A utilidade do inútil, de Nuccio Ordine, e a Gramática da Fantasia, de Gianni Rodari inauguraram a Ágora K, uma colecção que pretende ser um fórum de discussão de ideias em torno de temáticas contemporâneas de diferentes áreas. 

A estes dois títulos juntou-se posteriormente A cidade das crianças de Tonucci e agora o Ler o Mundo de Michèle Petit.

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Autor

Michèle Petit

Michèle Petit (Paris, 1946). É antropóloga e estudou sociologia, línguas orientais e psicanálise. Foi nomeada investigadora honorária do Centro Nacional de Investigação Científica (Paris), onde trabalhou entre 1972 e 2010. A partir de 1992 centrou os seus estudos na leitura e na relação das crianças e dos jovens com os livros, fazendo finca-pé na análise da experiência leitora. Coordenou investigações sobre a leitura no meio rural e sobre o papel das bibliotecas públicas na luta contra os processos de exclusão. De 2005 em diante enfocou o seu trabalho na análise do papel da leitura em zonas de conflitos armados, comunidades empobrecidas e migrações forçadas. É autora de inúmeros ensaios e livros, entre os quais se destacam «Une Enfance au pays des livres», «L’Art de lire ou comment résister à l’adversité» ou «Éloge da la lecture: La Construction de soi». Em português tem publicado pela Kalandraka «Ler o mundo», uma obra recomendada pelo PNL|LER+.

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