Partilhar

Desconto: 10%
9,90 € 11,00 €
Wishlist Icon

Detalhes do Produto

Sinopse

Conta-se que os malaios fazem buracos no tronco dos bambus que crescem nos bosques, e quando o vento sopra, os selvagens, deitados por terra, ouvem sinfonias executadas por essas gigantescas harpas eólicas. Coisa estranha, cada um ouve uma melodia própria diferentemente harmonizada segundo o acaso do soprar do vento.
August Strindberg

Nós queremos andar, por isso precisamos de atrito. Regressar à terra áspera!
Ludwig Wittgenstein

Os textos aqui reunidos, nos quais se questiona a noção de literatura e – através de temas como o ensaio, a correspondência, o ensino, a citação, a memória ou a experiência literária – as condições mínimas de um fazer que não se subordina a valores nem instituições, foram escritos, e publicados (excepto «A literatura como experiência»), ao longo de alguns anos e em circunstâncias diferentes. Ao relê-los, e por vezes acrescentá-los, verifiquei que há neles uma preocupação comum – o peso das palavras, aquilo que de “nosso”, do mundo, lhes permite atingirem-nos e desviarem-nos – e um tom, que poderei caracterizar como correspondente a um movimento de paciência e inquietação. Não se movem vertiginosamente em busca da novidade. Gostaria que fossem um gesto de defesa da literatura, de defesa do atrito.

Ler mais

Autor

Silvina Rodrigues Lopes

Professora catedrática jubilada da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. É autora de, entre outros, os seguintes livros: Tão Simples como Isso, Aprendizagem do Incerto, E Se-Pára, A Legitimação em Literatura, Teoria da Des-Possessão (sobre textos de Maria Gabriela Llansol), Agustina Bessa-Luís - As Hipóteses do Romance, Carlos de Oliveira - o Testemunho Inadiável, Sobretudo as Vozes, A Inocência do Devir - Ensaio a partir da Obra de Herberto Helder), Exercícios de Aproximação, Literatura, Defesa do Atrito, A Anomalia Poética e A Estranheza-em-Comum. Foi co-directora da revista Intervalo.

Ler mais