Detalhes do Produto
- Editora: Camões e Companhia
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- Ano: 2011
- ISBN: 9789896373412
- Número de páginas: 160
- Capa: Brochada
Sinopse
Se matar um pai é fácil, rápido e indolor, muito menos fácil, rápido e indolor
é interpretar o gesto.
O protagonista anónimo de O dia em que matei o meu pai procura indícios
para entender o crime que cometeu.
É um detective que colhe provas dentro da sua própria cabeça. Recorre a
todos os instrumentos que já foram inventados, para analisar os nossos
impulsos mais primários. Invariavelmente, demonstram-se inadequados.
Despistam mais do que esclarecem. Filosofia, religião, psicologia, ciência
comportamental: tudo parece ridiculamente impróprio para explicar a
bestialidade humana...
O parricida apresenta-nos também o seu romance inacabado. Ao ler esse
romance dentro do romance, a nossa voracidade interpretativa leva-nos
imediatamente a procurar símbolos, a traduzir metáforas, a ler nas entrelinhas.
Não adianta nada. A literatura não revela: ela esconde, dissimula.
Mario Sabino não veio para confortar. Com coragem, com malícia, com
graça, ele prefere perturbar, desmontando tudo aquilo que a nossa inteligência
concebeu na frustrada tentativa de dar um pouco de ordem
e sentido à realidade.
Matar é simples. Difícil é saber porque matamos.