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O Imoralista

André Gide

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Sinopse

Primeira tradução portuguesa do grande livro que lançou a carreira de romancista do futuro prémio Nobel. Publicado originalmente em 1902, este romance breve de André Gide causou um grande escândalo em França.
Uma personagem anónima relata a história da vida de Michel, tal como este a confiara a um círculo restrito de amigos. Michel, um jovem de boas famílias, um erudito sem grande pendor para as tentações da carne, casa com uma rapariga devota, que nutre por ele sentimentos muito mais profundos do que aqueles que o marido tem por ela.
Em plena viagem de núpcias ao Norte de África, Michel adoece e luta contra a morte na Argélia. Apesar de todos os cuidados e devoção da esposa, é a observação de dois rapazes que brincam na rua que o faz resistir. A sua convalescença é quase um renascimento. Michel escapa à doença tornando-se um homem novo: enérgico, activo, atento às necessidades do seu corpo e incapaz de resistir à sensualidade, independentemente da forma como ela se lhe depare.
O que se segue é a descrição do processo de subversão do herói que mergulha na imoralidade. A sua nova fome de viver está para lá de quaisquer regras e padrões sociais. Aquilo que começa então como uma viagem de sonho para o jovem casal é um percurso no sentido da quebra das regras da sociedade da época e termina numa tragédia.
A ruptura ideológica com o padrão da literatura francesa de então projectou Gide para a ribalta literária, tornando-o admirado por muitos e injuriado por outros, mas garantiu-lhe também a posição de renovador da literatura que haveria de manter ao longo da sua carreira.

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Amostra

Autor

André Gide

PRÉMIO NOBEL DA LITERATURA 1947

Escritor francês nascido a 22 de novembro de 1869, em Paris, e falecido a 19 de fevereiro de 1951, também na capital francesa.
André Gide foi criado no seio de uma família abastada e educado de uma forma muito puritana. Sentiu alguma dificuldade em ter sucesso nos estudos devido à sua saúde débil. Contudo, desde cedo mostrou apetência para a Literatura e a Poesia e, com apenas vinte anos, começou a publicar textos, bastante puritanos, em revistas escolares. Com 22 anos, publica o seu primeiro livro, Les Cahiers d'André Walter, totalmente financiado por si, mas o qual não assinou. A obra, que havia começado a escrever aos 18 anos, não conheceu grande sucesso, mas atraiu a atenção de escritores como Marcel Schwob, Rémy de Gourmont, Maurice Barrés e Maurice Maeterlinck. Nesta altura, Gide era uma artista do Simbolismo, tendência que deixou em 1895, quando publicou Paludes.
Só a partir de 1897, quando editou Nourritures Terrestres, é que André Gide começou a ser encarado como um verdadeiro escritor. Nesta obra, defendeu a doutrina do hedonismo ativo, ou seja o prazer como bem supremo. Desde então, o autor dedicou-se a examinar os problemas da liberdade individual e da responsabilidade, tendo entrado por vezes em conflito com a moralidade convencional.
Em 1909, Gide foi um dos fundadores da revista literária Nouvelle Revu, que se viria a tornar bastante influente no meio.
Tornou-se o mentor de toda uma geração que, na sequência da Primeira Guerra Mundial, se preocupava em conciliar a lucidez da razão com as forças instintivas.
Com Les Caves du Vatican, de 1914, Gide foi pela primeira vez acusado de ser anticlerical. Um ano após a sua morte, em 1952, o Vaticano incluiu todas as suas obras no Índice de Livros Proibidos.
Entre 1920 e 1924, publicou as suas memórias, onde revelou a sua homossexualidade. Em 1925, lançou aquele que foi considerado um dos seus melhores romances, intitulado Les Faux-Monnayeurs, onde o protagonismo foi dado à juventude parisiense, inclusivamente através de homossexuais, delinquentes e mulheres adúlteras.
André Gide passou entretanto a ocupar diversos cargos públicos, tanto a nível local como internacional. As suas deslocações ao Congo, Chade e União Soviética inspiraram alguns dos seus livros. Depois de se ter assumido como comunista, a visita à União Soviética deixou-o bastante desiludido e rompeu com o comunismo.
Entre 1939 e 1951, decidiu escrever e publicar os seus diários, onde falava de si e também dos seus amigos e de outros escritores.
Entretanto, em 1947 recebeu o Prémio Nobel da Literatura.
André Gide também escreveu peças de teatro no início do século XX e fez traduções de obras de William Shakespeare.


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