Detalhes do Produto
- Editora: Flauta de Luz
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- Ano: 2021
- ISBN: 9789895317813
- Número de páginas: 144
- Edição: 1
- Capa: Brochada
Sinopse
A razão não é um mito; mas o mito diz respeito ao surgimento da razão. Segundo o pensamento ocidental, a razão teria nascido na Grécia Antiga e seria sua propriedade exclusiva. Assim o foram aplicando por decreto, em particular nos territórios extra europeus e ao longo dos séculos, missionários, colonos, agentes políticos, historiadores, antropólogos. Todos negaram o uso da razão aos povos que doutrinaram, massacraram, estudaram, exploraram.
Este livro parte de um problema de tradução, quando o autor, no I Encontro Intercontinental pela Humanidade e contra o Neoliberalismo (Chiapas, 1995), ficou encarregado de traduzir a declaração de boas-vindas do EZLN proferidas pela comandanta Ana María.
A braços com a rigidez linguística da sua língua estatal, foi levado a compreender a complexidade semântica de uma língua maia e a sua grande diferença comparativa ‒ porque os seus falantes indígenas, ao contrário dos «povos da mercadoria», não concebem senão uma relação horizontal de reciprocidade entre iguais, que se manifesta na língua.
A partir dessa dificuldade de interpretação, o autor procede a um estudo das muito divergentes concepções mentais, sociais e políticas que regem a cultura ocidental, assente no Estado, e as culturas indígenas mexicanas regidas pela comunalidade.
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