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Sinopse

Em finais do século XIV, Jorge, um jovem monge de Cister, oriundo da Várzea (topónimo medieval de Varge do concelho de Bragança), desenvolve uma série de missões externas, acompanhado por frei Andrés, prior do mosteiro de São Martinho de Castanheda, na Sanábria. Ainda adolescentes, ambos tinham participado nas suas aldeias de origem, em idênticos rituais de iniciação, facto que secretamente os unia e os tornava duplamente irmãos.

O tratado de fraternidade entre este mosteiro cisterciense e o beneditino de Castro de Avelãs constitui uma ação que poderíamos designar, na atualidade, de cooperação transfronteiriça, um tema que se reveste da maior atualidade e que faz mover municípios e associações de ambos os lados da raia. Na Idade Média, essa cooperação fazia-se, sobretudo, por ação dos mosteiros, em benefício das comunidades rurais.

A dupla de monges acaba por se ver envolvida em missões relevantes que marcaram esse período da história de Portugal e de Castela. Uma delas aconteceu junto do rei D. João I e do duque de Lencastre, cujos exércitos haviam invadido a zona fronteiriça de Zamora e cercado a vila de Benavente. A incursão foi realizada a partir de Babe, no concelho de Bragança, no dia seguinte à assinatura de um tratado que ficou conhecido pelo nome desta localidade. A ação dos monges vem influenciar definitivamente o desfecho da incursão, com o levantamento do cerco a Benavente.

No rescaldo das missões da dupla de monges, Jorge da Várzea vai concentrar sobre si as atenções dos debates em vários capítulos de ambos os mosteiros, enfrentando o obscurantismo de monges fanáticos que rejeitam as ideias teologicamente mais humanistas dos jovens, prenúncio dos novos tempos que se aproximavam. Acusado de heresia no último desses debates, Jorge acaba por abandonar o mosteiro para dar outro rumo à sua vida.

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Autor

António Pinelo Tiza

Natural de Varge (Bragança), é licenciado em Filosofia pela Universidade do Porto. Defendeu a tese de doutoramento em Ciências Sociais pela Universidade de Valladolid, com a classificação de “Sobresaliente cum laude”. Foi professor do ensino básico, secundário e superior, estando atualmente aposentado. Publicou as seguintes obras, entre outras: A Magia das Máscaras Portuguesas, Contos e Lendas Transmontanos (com Alex Rodrigues), Simbologia Maçónica nos Rituais de Inverno, O Diabo e as Cinzas (contos), Máscara e Danças Rituais – Ritos Ibéricos do Solstício de Inverno, Inverno Mágico (2 vols.), Máscara Ibérica, Natal dos Caretos (banda desenhada), Os Reis dos Caretos (banda desenhada), Estudo Antropológico das Mascaradas de Zamora, Bragança e Douro (com Jesús Nuñez), Portugal e España – Vidas Paralelas (com Isidoro González). Participa em antologias e revistas com artigos sobre Etnografia e Educação: Brigantia, de Bragança; Tellus, de Vila Real; Jornal de Letras, de Lisboa; Stvdia Zamorensia, de Zamora, El Filandar/ O Fiadeiro, de Zamora, Amigos de Bragança, Jentilbaratz – Cuadernos de Folklore do País Basco, O SIL de Ourense, Boletim do Instituto de Estudios Zamoranos “Florián de Ocampo” de Zamora e outras. Tem vindo a produzir vários documentários audiovisuais (com a realização de Manuel Gardete) sobre a temática dos rituais festivos com máscaras e das danças de paus. É membro do PEN Clube Português, da Associação Portuguesa de Escritores, da Academia de Letras de Trás-os-Montes e sócio honorário da Academia de Artes e Letras de Bragança do Pará (Brasil). Desempenha as funções de Presidente da Direção da Academia Ibérica da Máscara.

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